Coluna

Postura de Mabel reduz força institucional da FIEG

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 20 de fevereiro de 2020

Disparada maior entidade de representação do setor
produtivo, além do setor industrial, a Federação das Indústrias do Estado de
Goiás (FIEG) tem perdido espaço em articulações internas e externas à
categoria. O Sistema FIEG congrega mais de 15 mil empresas e tem 36 sindicatos
de vários setores econômicos filiados, mas posturas recentes do presidente, o
ex-deputado federal Sandro Mabel, tem comprimido a força institucional e até
retirado das mesas de negociação. “Ele tem adotado tom muito mais político e
isso atrapalha as conversas, principalmente com o governo estadual. São muitas
reclamações e demandas com o estado, mas não é assim que se resolve”, avalia um
líder empresarial em diálogo com a Xadrez. Pesam aí o discurso agressivo em
2019 e a cereja do bolo foi a nota em que Sandro Mabel criticou a quarentena de
brasileiros vindos da China em Anápolis.

Em família

A contraposição a Mabel vem até do próprio filho: o
presidente da GSA Alimentos, Sandro Marques Scodro. Em carta ao grupo em
quarentena, o empresário afirma que a recepção foi “atitude humanitária não
compreendida por uma minoria”.

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Substituição

Mesmo sem a representatividade do Sistema FIEG, a Associação
Pró-Desenvolvimento Industrial (Adial) em Goiás tem tomado lugar de
protagonismo em negociações políticas pelo diálogo. A pauta da vez é o
ProGoiás.

Demandas

Além das críticas à renovação do fundo Protege, a Adial
busca incluir no novo programa de incentivos um conselho consultivo na
Secretaria de Indústria e Comércio.

Proporcionalidade

Em Câmara Municipal fragmentada entre 21 partidos, a tropa
de choque de Iris Rezende (MDB) reativou o ‘Bloco Parlamentar Goiânia’.
Liderado por Oseias Varão, o grupo busca mais indicações para as subcomissões
de análise do plano diretor.

Membros

Por enquanto, o bloco conta com Paulo Daher (DEM), Paulinho
Graus (PDT), Sargento Novandir (PTN), Tiãozinho Porto (PROS), Carlin Café
(Cidadania), Milton Mercêz (Patriota) e Andrey Azeredo (MDB), além do líder.

Na base…

Romário Policarpo (Patriota), passou a tarde ontem na
Assembleia Legislativa. Além da “cortesia”, disse que foi “conversar sobre
eleições 2020 e projetos que podem ser feitos em conjunto” com Lissauer Vieira
(PSB).

Caiadista?

“É da base do governo. Se não for, ficará em breve”, brincou
o líder do governo na Alego, Bruno Peixoto (MDB), ao fim da sessão ordinária.

Digo que fico!

Vitor Hugo (PSL/GO) diz que fica na liderança do governo na
Câmara Federal, apesar de especulação sobre troca por Osmar Terra. Garante
manter contato direto com o presidente e que “não há indicação de que vai
acontecer”.

CURTAS

– Símbolos: No primeiro discurso, Virmondes Cruvinel falou
da tribuna à esquerda e Karlos Cabral, à direita, na Alego.

– Tradicionalmente, a primeira representa oposição e a
segunda, base governista. Ambos valorizaram o costume.

– Relator da CPI dos Incentivos, Humberto Aidar (MDB) marcou
para dia 3 de março a apresentação do relatório final.