Coluna

PSDB pulveriza centro-direita em Goiânia e pode derrubar favoritos

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 04 de março de 2024

A primeira vista pode parecer exagero, mas a entrada oficial neste sábado (2) do PSDB na corrida eleitoral para prefeito de Goiânia, tendo o jovem Matheus Ribeiro como pré-candidato da legenda, não pode ser desdenhada pelos líderes das pesquisas, senador Vanderlan Cardoso (PSD), Gustavo Gayer (PL) e Adriana Accorsi (PT). Eles lideram a preferência do eleitor, conforme o Índice CNN Agregador de pesquisas, desenvolvido em parceria com o Ipespe Analítica. Pesquisa é um recorte do momento e pode mudar conforme as variáveis ou manter quadro de tendência. No entanto, não tem como subestimar a organicidade do PT quando se trata de disputa eleitoral, muito menos a força bolsonarista também orgânica em Goiânia. Somam-se a esses ingredientes o fator presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), e as investidas do MDB com Jânio Darrot. Embora ignorado pela mídia e por setores do governo, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), não está morto politicamente e pode surpreender. Afinal, tem um cardápio de obras a serem entregues aos goianienses e um leque de apoios partidários. Mas Matheus pode alterar a ordem de favoritismo para prefeito dos goianienses. Ele passa ao largo dos extremos e pode agregar os votos da maioria que “busca um fato novo”, mesmo com pesquisas qualitativas que pedem um “bom e experiente gestor público”. “Para contrabalancear a narrativa de inexperiente, o PSDB vai colocar à disposição de Matheus Ribeiro o que tem de melhor nos quadros do partido”, conta o prefeito de Sanclerlândia, Itamar Leão.

Longe da polarização e extremos

A ideia do PSDB é passar ao largo da polarização direita-esquerda alimentada pelo lulopetismo e o bolsonarismo. A estratégia tucana é  no discurso propositivo e sinalizar ao eleitor que ele conta com “o melhor assessoramento de gestão do País”, pontua Itamar Leão.

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Gayer e Accorsi

No caso de Goiânia, se a polarização se calcificar entre os deputados federais Gustavo Gayer (PL) e Adriana Accorsi (PT), o PSDB diz acreditar que pode “quebrar a polarização”. “O goianiense é avesso ao radicalismo, seja de direita ou esquerda”, observa o prefeito tucano.

Naçoitan, mãos às obras

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), retornou ao cargo disposto a mudar sua trajetória política e de gestor. Em poucas semanas, ele transformou a cidade em um canteiro de obras com várias frentes de serviços. “Hoje Iporá não tem um buraco nas ruas, bem diferente do que encontramos. Iniciei esta semana, em ritmo acelerado, um programa de 386 mil metros quadrados de asfalto na cidade.”

População perde

Caso a deputada federal Lêda Borges (PSDB) seja a candidata a prefeita de Valparaíso, só tem um nome para enfrentá-la: a deputada estadual Zeli Fritsche (UB). Seria muito ruim para o município, pois qualquer que uma saia vencedora, o maior perdedor é a população, que fica sem uma voz na Câmara Federal ou na Alego.

Marcos e Zé Antônio

Se Lêda Borges não disputar, o nome de seu candidato será o do vereador Zé Antônio (migrante para o PL). E do prefeito Pábio Mossoró o secretário de Infraestrutura, Marcos Vinicius. O presidente do MDB goiano e vice-governador, Daniel Vilela, tem Valparaíso como ponta de lança da legenda no Entorno.

Volta de Gilsão

Ex-vereador e presidente da Câmara de Cristalina, Gilson Ferreira, conhecido politicamente como Gilsão, está de volta à lida política. Ele foca em dois objetivos: a pré-campanha para vereador em 6 de outubro e articulações a nível nacional para conquistar a autonomia administrativa do distrito de Campos Lindos, hoje com 8,6 mil habitantes. (Especial para O Hoje)