Coluna

Secretário de Articulação Política acredita em crescimento

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 23 de abril de 2018

O ex-deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB) assumiu a
Secretaria de Articulação Política com objetivo claro: contribuir para a
consolidação da candidatura à reeleição do governador José Eliton (PSDB), que
ainda não decolou nas pesquisas. O auxiliar aponta que “consolidação da
candidatura se dá exatamente na relação que se vai construindo com a base
política e com as pessoas. A população tem de perceber que ele dá conta do
recado e este tem de ser um processo natural”. Sobre a falta de intenção de
voto nas pesquisas, Lereia aponta à Coluna que os eleitores só irão pensar
efetivamente na eleição depois da Copa do Mundo e que, “o ânimo pode ser de
otimismo ou pessimismo, se o Brasil vencer ou perder. De um jeito ou de outro,
com certeza Zé Eliton vai crescer com base na estrutura de governo e no legado
desta gestão”. Em entrevista à Xadrez, o ex-secretário, Sérgio Cardoso, elogiou
a indicação do ex-deputado para o cargo de articulador. “O Lereia tem
experiência, participou do nosso governo e vai conduzir bem o cargo”, disse
conselheiro do TCM.

Fora da disputa

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Carlos Alberto Lereia deixou a Câmara federal em 2014, com
desgastes da Operação Monte Carlo, da PF, que mostrou relacionamento próximo
dele com Carlos Cachoeira. Perdeu eleição para deputado estadual e não tem
planos de nova candidatura.

Que cota?

Questionado sobre a suposta cota do contraventor no governo
estadual, Lereia avalia: “Sou sendo amigo do Carlinhos desde antes de ser
eleito e não precisei dele para ser deputado. Que eu saiba, ele não tem essa
influência no governo”.

PP entre dois
caminhos

O Partido Progressista em Goiás, agora chamado apenas de
Progressistas, mantém conversas, com proximidade, com as pré-candidaturas ao
governo estadual do deputado federal Daniel Vilela (MDB) e do governador José
Eliton (PSDB). Os dois caminhos são considerados sob todos os aspectos: da
presença na chapa majoritária, com posto de vice ou ao Senado, à comparação
sobre coligações proporcionais para deputados estaduais e, principalmente,
federais. “Eu não converso com o PP e nem o senador Ronaldo Caiado. Não há
qualquer rusga, mas eles apenas não buscaram contato para uma possível
aliança”, afirma o senador Wilder Morais, que deixou o Progressistas para se
filiar ao DEM e ter garantias de candidatura à reeleição. Duas filiações
durante a janela partidária reforça a encruzilhada com dois caminhos do PP. O
deputado federal Heuler Cruvinel (ex-PSD) busca reforçar proximidade da sigla
com o governo estadual e defende o apoio a Eliton. Já Vanderlan Cardoso
(ex-PSB), quer ter voz ativa na decisão e mantém boa relação com o MDB.

CURTAS

Atividade – Com
equipe de comunicação nas redes sociais, o ex-governador Marconi tem mostrado a
vida fora do cargo: família e intimidade para seguidores/eleitores.

Ausência – Apesar
de “colar” na agenda de desde a posse de José Eliton, Demóstenes não foi ao
anúncio do “Mais Segurança”. Intenção no palácio era ter evento técnico.

Barreira – A
disposição do ex-senador e amizade com Eliton podem não ser suficientes. Lúcia
Vânia está com um pé na vaga e Demóstenes com os dois fora.

Como votar

Pelo menos 15 dos 20 políticos cotados para disputar a
Presidência da República em outubro são alvo de mais de 160 casos em tribunais
do país inteiro, segundo levantamento da Folha de S. Paulo.

Como é?

De processos da Operação Lava Jato a barbeiragem no
trânsito, passando por incitação ao estupro, há investigados, denunciados,
réus, condenados e um preso, o ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas
eleitorais.

Em discussão

O relator da reforma do Código de Processo Penal, João
Campos (PRB), apresentou versão para balizar o debate. Prevê 3 anos e meio para
prisão preventiva, até 360 dias para interceptações telefônicas e apresentação
única de embargos de declaração.

À votação

Aprovada no Senado em 2010, a reforma voltou à discussão na
Câmara dos Deputados e pode ser votada na comissão especial ainda este
semestre. Objeto de mudança, os embargos declaratórios têm sido usados de forma
protelatória pelas defesas.

Inevitável

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu a
continuidade das reformas para garantir o equilíbrio fiscal do Brasil no
próximo ano, “independentemente do que se diga nas campanhas eleitorais”.

Enfrentamento

“Não vai haver um crescimento sustentável sem a continuidade
das reformas. Quem estiver no governo no ano que vem vai ter que enfrentar
isso”, afirmou, durante entrevista à imprensa em Washington neste fim de
semana.