Coluna

Secretário rebate vereadores e nega judicialização

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 01 de março de 2018

A prefeitura de Goiânia rebate as críticas de vereadores, da base e da oposição, que apontam agressão à independência dos poderes com as seguidas derrubadas na Justiça de projetos aprovados pelos parlamentares e promulgados pela presidência da Câmara Municipal. Os vereadores apontam que o Paço não deveria abrir mão da articulação política apostando apenas no trabalho da Procuradora-Geral do Município Anna Vitória Caiado. Em entrevista à Xadrez, o secretário Samuel Almeida (Governo) nega que a busca pela Justiça seja desvalorização proposital do Executivo em relação ao Legislativo. “Não vejo nenhum processo de judicialização. A questão é que temos situações que pedem uma atuação políticas e, por outro lado, você tem a questão legalidade e da ilegalidade”, ressalta. O auxiliar de Iris Rezende rejeita a ideia de disputas diretas contra o parlamento. “Não é uma queda de braço entre os poderes, mas de legalidade ou não. É o dever da prefeitura buscar essas garantias, sempre pautada pela moralidade”, afirma.

Meta numérica

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A missão do líder da base governista na Câmara, Tiãozinho Porto (PROS) ainda é a consolidação de bancada aliada ao Paço. O próprio Iris afirmou nesta semana que conta com 19 a 20 apoiadores.

Processos reduzidos

Samuel Almeida admite que a fidelidade dos parlamentares impediria a busca constante pela Justiça. “Com certeza buscamos mais vitórias e isso será possível com essa nova dinâmica do prefeito na articulação”.

Gradação ao ‘caiadismo’ 

A interpretação sobre a posição partidária de Iris Rezende em relação à divisão da oposição entre as pré-candidaturas de Daniel Vilela (MDB) e Ronaldo Caiado (DEM) está longe da unanimidade na bancada estadual do MDB. Dos cinco deputados, ao menos três são considerados “caiadistas”: José Nelto, Lívio Luciano e Bruno Peixoto defendem critérios baseados em pesquisas para a escolha de candidato da oposição. Na prática, consideram Caiado mais viável, já que lidera as consultas quantitativas feitas até agora. “Não podemos ficar apegados à questão de ter ou não a cabeça de chapa. Depois de disputar com os candidatos do governo nos últimos 20 anos, agora nós da oposição temos um nome que lidera as pesquisas, mas não é do MDB. Diante disso, nós temos que repensar muita coisa”, afirma Lívio (foto). “Sabemos que precisamos ampliar o leque de alianças, mas já está pacificado no partido que o MDB terá candidato e o nome é o de Daniel Vilela”, contrapõe Wagner Siqueira. 

Curtas 

Multa! – O TCE multou em R$ 6,5 mil a secretária Raquel Teixeira (Seduce) por suposta negligência em regularizar a situação de veículos oficiais.

Equipamentos – O secretário Hwaskar Fagundes (Secima) recebeu do MP sete drones, quatro computadores, além de scanners e GPS para operações de fiscalização.

Ao trabalho – Novos 188 profissionais residentes serão recebidos hoje pela Secretaria da Saúde. Trabalharão nas Unidades Assistenciais do Estado ao longo do ano.

 

Positivo e operante

Depois de não acompanhar qualquer das reuniões anteriores, o líder da base do governo bateu ponto ontem no que seria a último encontro da CPI da Goiás Turismo, que investiga sobrepreço na contratação de shows. E articulou pedido de vistas.

Até lá…

Depois de longos cochichos com o líder, Diego Sorgatto (PSB) pediu vistas e adiou para a próxima quarta-feira (7) a votação do relatório de Humberto Aidar (PT), que pede indiciamento de autoridades do governo e da iniciativa privada.

Surpresa!

O destaque da reunião da CPI foi afirmação do presidente, Cláudio Meirelles (PR). “Já tem decisão do STF no sentido de responsabilizar o governador por desvios desse tipo”, aventou. Ele pode incluir o pedido no relatório.

Após 240 dias

Depois da repetição do prazo genérico “nos próximos dias”, de fato a construção do BRT Norte/SUL será retomada. Liberada pelo ministro Alexandre Baldy (Cidades), a prefeitura assinou ontem termo aditivo com o consórcio responsável pelo trabalho.

Retomada

Após impedimentos no processo de licitação para serviço de emplacamento, o Detran formou grupo de trabalho estudar novas formas de credenciamento. O processo foi condenado por Denatran, PGE, CGE e Tribunal de Justiça.

Tentativa

“Nós já adotamos medidas. Cancelamos o edital e estamos com um grupo de trabalho constituído para que estabelecer um estudo que apresente uma nova forma de credenciamento”, conta Manoel Xavier.