Coluna

Sem força, Caiadistas no MDB buscam novos caminhos

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 30 de março de 2018

Apesar de manter o discurso em defesa da pré-candidatura do
senador Ronaldo Caiado (DEM), lideranças do MDB já consideram procurar novos
caminhos para a disputa da eleição deste ano. Projetos como a pré-candidatura
de José Nelto a deputado federal ficam suspensos por tempo indeterminados e
podem, inclusive, ser tocados em outros partidos. “Ainda posso mudar meu
projeto político até para ser pré-candidato ao Senado. Não está descartado. A
decisão sobre mudança de partido vai acontecer no dia 7 de abril até meia
noite”, afirma o deputado, animado com a divisão na oposição e provável
composição de duas chapas majoritárias: uma em torno de Daniel Vilela – onde
não teria espaço, e outra com Ronaldo Caiado. Outro que chegou a defende
publicamente maior “viabilidade eleitoral” do senador foi Lívio Luciano. O
deputado, no entanto, sequer esteve no evento de apoio ao democrata e tem se
movimentado em reaproximação do grupo vilelista. A mudança de partido não está
descartada para Lívio, que busca a reeleição à Assembleia.

Nomes para chapa

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Além de José Nelto, quem também passa a enxergar
oportunidade para candidatura ao Senado é o ex-vereador e secretário municipal
de Planejamento, Agenor Mariano (MDB), que pode deixar o cargo na prefeitura no
prazo de desincompatibilização.

Até o fim

Caiadistas percebem o enfraquecimento do grupo no MDB, mas
mantêm o discurso de que poderão levar até à convenção a proposta para que o
partido apoie Caiado.

Ação e reação

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que
a radicalização e os episódios de violência política no país são alimentados
por declarações de desrespeito à lei. “Está na hora de os líderes entenderem
que suas palavras, principalmente as de desrespeito a decisões legais, têm
consequências que podem ser ruinosas para a democracia”, afirmou o tucano ao
jornal Folha de S. Paulo. FHC declarou que os ataques à caravana do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros conflitos acentuam a
necessidade de fortalecimento das instituições. “Há tempos venho alertando
sobre a radicalização crescente. Ou prestigiamos as instituições e a lei, ou
nos arriscamos a ver o crescimento de ‘chuvas de ovos’, ou, o que é pior,
eventualmente, a ouvir tiros que podem atingir alguém”, afirmou. O ataque a
tiros à comitiva de Lula aconteceu em Quedas do Iguaçu, no Paraná, na noite de
terça-feira (27), quando dois ônibus foram atingidos por disparos. Antes, a
caravana do ex-presidente pela região Sul havia sido alvo de ovos e pedras.

CURTAS

Discurso X prática
O ex-presidente Lula respondeu aos ataques afirmando que “ninguém pode dizer
que o Lula é agressivo”. Sei.

Agenda constante
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, volta a Goiânia na próxima
quarta-feira para liberação de R$ 7 milhões para a Marginal Botafogo.

Sonhos – Pesquisa
do SPC Brasil e CNDL aponta que 52% dos desempregados no país teve de abandonar
algum projeto ou sonho de consumo por conta da demissão.

A terceira

Circula especulação entre procuradores da república em
Brasília sobre nova denúncia contra Michel Temer (MDB), como consequência da
prisão de amigos do presidente na deflagração da Operação Skala, pela Polícia
Federal.

Dois lados

Na base do emedebista, há expectativa sobre como seria o
comportamento do presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato ao
Planalto, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Ajudaria mais uma vez a salvar Temer ou
escolheria derrubá-lo? Muy amigo.

Recalculando rota

O ministro Henrique Meirelles está prestes a trocar o PSD
pelo MDB para se candidatar a vice na chapa que, possivelmente, seria
encabeçada por Temer. Com a nova operação da PF, o anapolino pode se animar.

Novidade

A suspeita de que Michel Temer receba propina de empresas
que atuam no porto de Santos é investigada desde 2004. Foi quando a Polícia
Federal instaurou um inquérito para apurar as primeiras acusações.

Só o nome?

No bojo de mudanças de nome com mesmas práticas de partidos
políticos, agora o PPS é que deve mudar a alcunha. O presidente do partido, deputado
federal Roberto Freire (SP), diz que a alteração terá base em pesquisa entre os
militantes.

Isolado

O senador Wilder Morais (PP) deve mesmo anunciar decisão
sobre mudança de partido e apoio a Daniel Vilela ou Ronaldo Caiado na próxima
segunda-feira (2). Prioridade é vaga para candidatura à reeleição.