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sábado, 23 de novembro de 2024

Setor varejista atinge maior nível da série, mas varejo amplo recua

A pesquisa mensal de vendas realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe números mistos, sugerindo caminhos diversos para os dois grandes setores do comércio. O varejo mais convencional, que reúne postos de gasolina, supermercados, lojas de vestuário, tecidos e calçados, papelarias, farmácias, lojas de materiais de escritório e informática, entre outras, fechou […]

A pesquisa mensal de vendas realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe números mistos, sugerindo caminhos diversos para os dois grandes setores do comércio. O varejo mais convencional, que reúne postos de gasolina, supermercados, lojas de vestuário, tecidos e calçados, papelarias, farmácias, lojas de materiais de escritório e informática, entre outras, fechou abril no nível mais elevado em toda a série histórica de dados do instituto, crescendo 0,9% em relação a março – bem abaixo do que esperava o mercado.

De toda forma, foi o quarto mês de resultados positivos para o setor, que passou a acumular variação de praticamente 4,3% ao longo daquele período, considerando o indicador ajustado sazonalmente, que dizer, já descontados eventos e outras efemérides que sempre ocorrem no mesmo período a cada ano e poderiam distorcer a comparação mês a mês (descontando inclusive eventuais diferenças de número de dias úteis).

O varejo ampliado, que inclui o chamado atacarejo, fechou os últimos dois meses no vermelho, com baixas de 0,2% e de 1,0% respectivamente em março e abril, na comparação com os meses imediatamente anteriores. A redução a partir de fevereiro aproximou-se de 1,2%. Neste caso, os resultados negativos parecem ter sido influenciados pelo atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, já que as concessionárias de veículos, motos e autopeças e as lojas de materiais de construção experimentaram, pela ordem, ganhos de 1,6% e de 1,9% na passagem de março para abril. O IBGE ainda não divulga o número dessazonalizado mês a mês para o atacado de alimentos e bebidas.

Na liderança

Em Goiás, o comércio varejista tradicional chegou em abril à quinta alta mensal consecutiva, avançando 0,9% frente a março, acumulando um salto de 13,9% desde novembro do ano passado. Na comparação com abril do ano passado, as vendas do segmento avançaram 4,1%, o que representou uma desaceleração em relação ao ritmo observado em fevereiro e março, quando as vendas do setor varejista haviam subido 7,0% e 6,0% na mesma ordem. No primeiro quadrimestre deste ano, comparado aos mesmos quatro meses de 2023, o volume de vendas do varejo avançou 5,2%. No comércio amplo, o Estado registrou o melhor resultado entre todas as demais regiões acompanhadas pelo IBGE, num salto de 8,2%, mais do que repondo a queda de 2,3% observada em março. Na comparação com igual período do ano anterior, o varejo ampliado cresce há oito meses consecutivos e experimentou um salto de 22,8% em abril diante de idêntico período do ano passado. No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, o comércio em seu conceito mais amplo passou a crescer 10,1%, retomando o ritmo observado ao final de 2021 (neste caso, no entanto, a alta veio na sequência do retrocesso observado ao longo dos meses mais graves da pandemia, ao longo de 2020).

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