Caso Eloá no Linha Direta não poupa interferência de Sonia Abrão e revive revolta
Mesmo não citando explicitamente a jornalista, as cenas deixam claro que o trabalho da apresentadora era bem mais próximo do que deveria
Por: Mariana Fernandes
O programa Linha Direta voltou à Globo nesta quinta-feira (4), sob o comando de Pedro Bial, após 15 anos fora do ar. O retorno do programa começou com tudo e relembrou um caso que parou o Brasil em 2008: o sequestro de Eloá Pimentel pelo namorado Lindemberg Alves. Ao rememorar o caso e mostrar os diversos erros da polícia durante a negociação para liberação da refém, o programa não poupou a apresentadora Sonia Abrão, que na época parou o país ao entrevistar ao vivo, o criminoso.
Mesmo não citando explicitamente a jornalista, as cenas deixam claro que o trabalho da imprensa era bem mais próximo do que deveria. No programa inclusive, mesmo sem citar nome, o Linha Direta trouxe cenas que instigaram o entendimento dos espectadores, onde a apresentadora se colocava na posição de negociadora.
“Nesse dia, no dia 15, havia um acordo feito entre o capitão, o irmão da Eloá e o Lindemberg para ele se render. Quando entra essa apresentadora, o Lindemberg percebe que está ao vivo e resolve prolongar tudo porque ele era o centro das atenções”, afirmou o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado, durante relato.
O programa também deixou claro que Sônia Abrão não foi a única da imprensa a se meter no sequestro. A Globo também exibiu a repórter Zelda Mello conversando ao vivo com Lindemberg, evidenciando que a repercussão do caso e o fato de o bandido estar assistindo tudo em tempo real não foi, em nenhum momento, coibido pela polícia.
Além delas, espectadores também citaram a participação de Ana Hickman, que durante o “Hoje em Dia” disse que o sequestrador estava assistindo e pediu para que ele ou uma das vítimas acenasse para as câmeras pela janela do cativeiro. Veja repercussão na web:
