CPI aprova quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond e Tatá Werneck
Ambos são investigados por atuarem em propagandas da empresa Atlas Quantum, acusada de aplicar golpes de mais de R$ 7 bilhões em investidores
Por: Ícaro Gonçalves
![Imagem Ilustrando a Notícia: CPI aprova quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond e Tatá Werneck](https://ohoje.com/public/imagens/fotos/amp/2023/08/Tata-Werneck-e-Caua-Reymond-no-filme-Uma-quase-dupla.jpg)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, aprovou na quarta-feira (23/8) a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Raymond e Tatá Werneck. Ambos são investigados por atuarem em propagandas da empresa Atlas Quantum, acusada de aplicar golpes de mais de R$ 7 bilhões em investidores.
Entenda
A CPI investiga supostos golpes da Atlas Quantum a mais de 200 mil investidores. A empresa é especializada no comércio de criptomoedas, e há cerca de cinco anos contratou os atores para participarem de campanha publicitárias favoráveis à compra e venda da moedas.
Nas páginas da Atlas Quantum nas redes sociais, ainda estão disponíveis vídeos nos quais Cauã Raymond e Tatá Werneck fazem relatos sobre os investimentos em criptomoedas.
“Eu acho que as pessoas vão perceber que é um percurso natural, que elas precisam começar a ter maior controle sobre os seus gastos”, diz Tatá em uma campanha. “Eu fiquei interessada por ter o domínio sobre algo que eu luto tanto e sempre lutei tanto para conseguir” continua.
“Eu acho que as criptomoedas estão aí e a gente precisa olhar para elas”, diz Cauã em outro vídeo. “Tenho alguns amigos que estão investindo e eles estão muito felizes”, finaliza.
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Em nota enviada ao portal Splash, do Uol, os advogados de Tatá, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, se manifestaram sobre o caso.
“Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa. Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa, cabendo destacar que Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia da Atlas ou teve qualquer participação nos rendimentos da Atlas. Tata foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas”, disseram os advogados em nota.