Cai o número de homicídios em Goiânia

Redução foi de 10,7% nos últimos 12 meses. PM atribui diminuição ao aumento do número de abordagens

Postado em: 03-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Redução foi de 10,7% nos últimos 12 meses. PM atribui diminuição ao aumento do número de abordagens

Thiago Burigato

Os números de homicídios dolosos e estupros em Goiânia tiveram redução nos últimos 12 meses. O índice positivo pode ser considerado, em parte, como fruto do trabalho ostensivo que a Polícia Militar (PM), e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) têm desempenhado na capital.

Conforme os dados divulgados pelo Observatório de Segurança da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP), foram registrados 54 crimes do tipo em Goiânia em janeiro. O número é maior que os 48 registrados em janeiro de 2015, ou que os 52 registrados em dezembro do ano passado, mas fecha um ciclo de 12 meses em que houve redução de 10,7% nos casos de homicídio dolosos em Goiânia.

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De janeiro de 2014 a janeiro de 2015, foram contabilizadas 626 mortes do tipo. No período subsequente, os dados da SSP registram 559 casos. 

A região Leste da capital, que contempla bairros como Aruanã, Crimeia Leste, Jaó, Jardim Novo Mundo, Santo Hilário e Vila Morais, foi onde ocorreu a menor redução no número de homicídios, de 37%. As demais regiões onde houve quedas foram Sudoeste (-30%), Sul (-25%) e Noroeste (-7,69%).

Quanto ao número de latrocínios, a SSP reporta diminuição de 24% em 2015. Foram 23 ocorrências, enquanto foram registradas 29 em 2014 e 28 em 2013.

Em relação ao crime de estupro, o número de casos no ano passado foi o menor desde o início da série histórica, em 2011: foram 95. Em comparação, foram 126 registros em 2014, 104 em 2013, 135 em 2012, e 126 em 2011.

Mais abordagens

A redução nesses indicadores é vista pelo tenente-coronel, Ricardo Mendes, assessor de comunicação da PM, como um reflexo, em parte, das atuações da corporação na prevenção e combate ao crime. “Temos focado no incremento de policiais nas ruas e na realização de mais abordagens, tanto a pessoas quanto a veículos.”

Dados divulgados pela intituição indicam a realização de 1.017.474 abordagens em  2015. O número representa 16% de toda a população do Estado, e equivale às populações de Aparecida de Goiânia e Anápolis. Somente em Goiânia foram cerca de 257 mil abordagens.

Os dados apresentados pela corporação é 26% maior do que o registrado em 2014, quando foram feitas 754 mil abordagens. Os números de 2015 representam uma média de 84.789 por mês e 2.826 por dia. 

“As abordagens se traduzem em apreensão maior de armas de fogo e de armas brancas”, destaca o tenente-coronel. “Consequentemente, se traduzem também em menor ocorrência de homicídios”, completa.

Armas

Durante as abordagens foram apreendidas mais de quatro mil armas de fogo em Goiás, sendo cerca de  mil na capital. Essas mesmas ações também provocaram a prisão de mais de cinco mil foragidos em todo o Estado. Aproximadamente 1.500 deles estavam em Goiânia. 

O tenente-coronel pontua também que a população pode contar com os números de WhatsApp disponibilizados pela corporação para o atendimento de ocorrências em cada região. Viaturas que fazem o patrulhamento contam com celulares próprios e estão à disposição para realizar os atendimentos. “Quem tiver dúvidas sobre o número da viatura de sua região, basta ligar no 190 e se informar”, explica.

Trabalhos em parceria

Além da atuação da Polícia Militar, os trabalhos da Guarda Civil Metropolitana também contribuíram para os índices positivos. A corporação tem atuado não só na defesa do patrimônio do município, como também na prevenção à criminalidade.

“Desenvolvemos um trabalho no ano passado e ao longo deste ano em parceria com a SSP que certamente tem contribuído”, afirma o subcomandante, Wladimir Passos. “Em 2015 conseguimos atender mais de 8 mil ocorrências, que de outra forma chegariam até a PM”, declara, ressaltando a importância do trabalho realizado nos menores índices de criminalidade.

De acordo com o subcomandante, algumas açõe s da GCM são feitas em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Civil. “Também atuamos com outros órgãos da prefeitura”, explana.

 

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