Filas no 1ª dia de venda do acervo

Começou ontem (10), o processo de venda do acervo da antiga Cara Vídeo, atual Cara Filmes. Os mais de 26 mil itens

Postado em: 11-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Começou ontem (10), o processo de venda do acervo da antiga Cara Vídeo, atual Cara Filmes. Os mais de 26 mil itens da locadora mais icônica de Goiânia estarão à venda até março, quando o estabelecimento fecha as suas portas de forma definitiva.

O primeiro dia de vendas, como era de se esperar, causou bastante burburinho. Desde a abertura, às 15h, uma fila de interessados já se alongava para de lá da esquina, no Setor Central.

O mestrando em Filosofia, Elliot Scaramal, viu na oportunidade uma boa chance de conseguir vídeos raros pelos quais se interessa. “Vim principalmente atrás de óperas, que são bem difíceis de achar, mesmo na Internet”, diz.

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O professor de Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Alexandre Nunes, era o que mais carregava capas de DVDs e Blu-rays no momento em que a reportagem esteve no local. “Consegui encontrar alguns que valem a pena, mas vou levar no máximo dez, senão fica muito caro”, completa, compenetrado em sua busca nas estantes do estabelecimento.

Fim de uma era

O fechamento da Cara Filmes foi anunciado no último domingo (7), por meio das redes sociais. Em nota, os proprietários, Kleber Morais e Mazukielves Morais, agradeciam a confiança do público nos serviços prestados durante estes 28 anos.

“Todo o acervo de filmes em DVD e Blu-ray estão disponíveis à venda a partir desta quarta-feira. Os preços variam de R$ 39,99 a R$ 14,99. Aproveitem para colecionar seus filmes preferidos e raros!”, convida o texto.

Conforme Kleber relatou à reportagem, passado o prazo para o fechamento da loja, as vendas do acervo continuam pela Internet. Mas devido à imensa procura, talvez isso não seja necessário. “Não fazemos ideia de quantas pessoas atendemos hoje. E ainda há muitas mais para vir até às 21h”, pontua Mazukielves.

Uma coisa é fato: a locadora vai deixar órfãos seus muitos admiradores. “É muito triste”, ressaltou Elliot, que herdou o costume de frequentar o estabelecimento da mãe, há cerca de 20 anos. “Era um patrimônio de Goiânia”, completa.

 

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