Bactéria não matou 19 toneladas de peixes no lago Serra da Mesa

Uma análise realizada pela Agrodefesa aponta que os animais não morreram por contagio de microrganismos. Outras causas para as mortes estão sendo investigadas

Postado em: 20-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Uma análise realizada pela Agrodefesa aponta que os animais não morreram por contagio de microrganismos. Outras causas para as mortes estão sendo investigadas

Da redação

Documento divulgado na quinta-feira (18) pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hidricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), aponta que a morte de 19 toneladas de peixes no Lago Serra da Mesa não foram causadas por nenhuma doença ou bactéria que poderia se espalhar. Especialistas suspeitam que os animais tenham morrido de causas naturais.

Danilo Pires, coordenador de sanidade animal da Agrodefesa,  explicou que o laudo provou que não há bactérias ou micro-organismos causadores das mortes, o que evita medidas complicadas para o tratamento. Segundo ele, o resultado é considerado positivo, pois em caso de enfermidade, o controle seria muito mais difícil. “Para conseguir medicar peixe em água seria necessária grande quantidade de produtos, isolar a gaiola, o tratamento seria dificultado e a doença poderia ser disseminada de forma mais fácil”, explica.

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A principal suspeita é que a grande quantidade de chuvas tenha causado a grande mortalidade dos peixes. Segundo o especialista, a água é examinada para garantir que esta não está contaminada. “Caso a hipótese se confirme seria uma causa natural.

Pires informa que uma das teses levantadas pelos técnicos é que houve uma inversão de camada onde o lodo depositado no fundo do tanque, por causa das fortes chuvas, tenham chegado as camadas superficiais e a grande quantidade de matéria orgânica, substancias tóxicas, teriam levado à mortalidade dos peixes.

O especialista  ainda conta que o número de peixes nativos que morreu foi pequeno se comparado à quantidade de animais de criadouros. “Por isso, o rio deve voltar à normalidade sem necessidade da intervenção do homem”, acredita. 

Pires conta que a maior mortalidade foi de peixes nas gaiolas nos criadouros, que não tinham possibilidade de mudar de região, porque estão limitados a uma gaiola. “Já o peixe nativo sim, podia subir e descer o rio”, completou. 

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