Dia Internacional celebra a igualdade do jovem down

Famílias contam histórias de meninas especiais que vencem barreiras e vivem uma vida normal

Postado em: 21-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Famílias contam histórias de meninas especiais que vencem barreiras e vivem uma vida normal

Jéssica Torres

No dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado hoje, a primeira dúvida pode ser: como é a vida de quem tem Down? A resposta das famílias que passam por isso é simples: são gente em primeiro lugar, com os mesmos direitos e necessidades que todo mundo.

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O Hoje acompanhou um pouco da rotina de duas meninas especiais. O que se percebe é um olhar diferenciado, com mais tato, mais amor, força, além de sorrisos sem qualquer sofrimento. O terapeuta ocupacional, Jeferson Silva Dias, 34, acredita que esse é um grande diferencial e foi um dos motivos que o levou a seguir a carreira. “Devemos aprender muito mais com eles, que vêem a vida com mais sensibilidade e inocência”, avalia. “Atendemos pessoas de todas idades. Conheço vários adultos que trabalham e vivem uma vida normal”, completa.

Ao saber que a filha provavelmente teria síndrome de Down, a primeira reação de Vanusia Lopes de Oliveira,42, foi o desespero. Sem saber como lidar com a notícia ligou para o marido e ele respondeu: “E o que tem? Vamos cuidar dela com o mesmo carinho e amor, ou até mais”. Suas palavras foram reconfortantes e a partir daí comprovaram a cada dia a felicidade de ter alguém especial em suas vidas. 

E com dedicação a menina  avançou. “Ela com um mês de fisioterapia e outros tratamentos já começou a andar e a evolução é surpreendente. Estuda em uma escola pública há dois anos avançou ainda mais, já consegue ler e escrever”, destaca.

As atividades ajudam Nicolly Rosceli, 14, a ter uma vida como qualquer outra adolescente. “Eu estudo em uma escola regular, tenho vários amigos, amo ir ao cinema ou teatro”, relata com entusiasmo Nicolly. “Mas tenho muita tarefa”, reclama. Quanto ao preconceito, mesmo tímida ela confessa que existe ainda sim por alguns. Mas isso ela garante que tira de letra, e não deixa de sonhar. “Quero ser artista. Cantar”, revela.

Desafio

Ágata,5, é outro exemplo de superação. Os pais mudaram a rotina para se dedicar mais a menina, mas garantem que é um esforço e um prazer. Agata foi a primeira filha de Sandra Viera da Silva,43, cerimonialista e Rodolpho José Barbosa Junior, 38, acupulturista. Desde os primeiros meses de vida começou o tratamento, na Apae; depois na Pestalose. Hoje recebe os cuidados do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). O tratamento terapêutico ofertado pelo hospital está dando mais independência à filha.

Mesmo falando apenas algumas palavras já se conhece os gostos de Ágata. Com uma mochila com rádio em sua cadeira de rodas, ela se concentra na música de rock. “Ela ama música, judô ou qualquer atividade com adrenalina, e ainda já participou de diversas peças de teatro”, relata. “Hoje ela está em uma creche de ensino regular e reclama é de ter que ir embora da escolinha”, diz o pai.

E assim como Nicolly e Ágata, tem crescido o número de pessoas com deficiência no ensino regular, conforme aponta o Ministério da Educação (MEC). Um salto na busca de uma sociedade igualitária.

 SMS lança 1º Núcleo de apoio às pessoas com Síndrome de Down em Goiânia

Em comemoração ao Dia Internacional de Conscientização sobre a Síndrome de Down, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde lança hoje o primeiro núcleo de apoio às mães e famílias de crianças com Síndrome de Down em Goiânia. 

SMS e Comunidownde vão trabalhar em conjunto para que o Hospital e Maternidade Dona Iris seja referência. “As famílias recebem a notícia com um grande impacto e precisam de apoio e muita informação. Estaremos à disposição”, diz Carolina Craveiro, fundadora da entidade.  Além disso, irão fazer cursos de capacitação para saberem como dar a notícia aos pais, fazendo o Núcleo Comunidownde dentro do HMDI uma referência. “A Síndrome de Down não é uma doença, a diferença está no olhar, no seu olhar”, reafirma.

  

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