Quando a dor de cabeça frequente pode ser preocupante a saúde 

Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia mostram que cerca de 140 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeça frequentes

Postado em: 20-05-2024 às 11h30
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Quando a dor de cabeça frequente pode ser preocupante a saúde 
O termo Cefaleia é utilizado pelos especialistas para definir qualquer tipo de dor de cabeça | Foto: Divulgação

Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia mostram que cerca de 140 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeça frequentes. O termo Cefaleia é utilizado pelos especialistas para definir qualquer tipo de dor de cabeça. A condição é bastante comum, não se restringindo à idade do indivíduo, mas é capaz de atingir pacientes nas mais diferentes faixas etárias. 

Além disso, a doença ocupa o sétimo lugar entre as enfermidades mais incapacitantes, sendo o quarto motivo mais frequente de consultas em unidades de urgência em todo o mundo.

Aline Leite, neurologista do Instituto de Neurologia de Goiânia, alerta que existem mais de 100 tipos de cefaleia e por isso, é importante investigar as causas de cada tipo persistentes para diagnosticar em tempo possíveis doenças como tumores ou sangramentos cerebrais.

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De acordo com a especialista, existem mais de 150 tipos de dor de cabeça, que são classificados de acordo com a origem da dor. Assim, são consideradas cefaleias primárias, aquelas que não têm causas detectadas com exames. Destas, as mais comuns são: a enxaqueca, a cefaleia tensional, e a cefaleia em salvas. A neurologista explica que a cefaleia pode surgir no conjunto de sintomas de outras doenças e condições médicas como sinusites, tumores ou sangramentos cerebrais. Estas, por sua vez, são consideradas cefaleias secundárias.

A dor de cabeça é o principal sintoma da doença. Porém, o paciente portador da enfermidade pode apresentar outros sintomas, como sensibilidade à luz, aos sons e aos cheiros; irritabilidade; náuseas e vômitos; queda da pálpebra; sensação de latejamento e dor que fica mais intensa ao movimentar o corpo.

A especialista aproveita este mês de maio, período do ano em que é celebrado o Dia Nacional do Combate à Cefaleia, para promover a conscientização da sociedade sobre os cuidados para evitar a doença, assim como a necessidade de buscar ajuda médica especializada em casos de dor de cabeça persistente. “Qualquer dor de cabeça persistente deve ser investigada e tratada”, explica a neurologista. “O tratamento deve ser tanto para as crises de dor, como para a profilaxia, ou seja, para evitar a ocorrência de dor”, acrescenta.

Existem alguns fatores que são considerados os principais desencadeadores da cefaleia primária, como: alterações no sono, jejum prolongado, fatores emocionais e até mesmo alguns alimentos como café, chocolate, alimentos gordurosos, frutas cítricas, entre outros.

Assim, de acordo com Leite, a maneira de evitar a ocorrência dessas doenças começa pelos hábitos alimentares. “Seguir uma alimentação balanceada, evitando ingerir alimentos que possam estar causando a cefaleia”, detalha a neurologista. Outros fatores associados à prevenção da cefaleia é o modo de vida. “A realização de atividade física regular, bem como o sono de qualidade e a administração de situações estressantes também ajudam a prevenir o problema”, explica Aline..

De acordo com o Ministério da Saúde (MS) a doença não tem cura, mas pode ser controlada a partir das mudanças de hábitos de vida. Em relação aos casos selecionados e com acompanhamento médico, o controle é feito com medicação preventiva, como antidepressivos ou anti epilépticos em baixas doses.

Leite acrescenta que os tratamentos da cefaleia vão depender diretamente do tipo de problema de cada paciente. “Em muitos casos, como os da cefaleia de tensão, o paciente precisa remediar aquilo que está servindo como gatilho para a dor”, explica, ao afirmar que existem medicamentos variados que podem auxiliar a diminuir a dor da cefaleia, que devem ser indicados por um especialista. (Especial para O Hoje)

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