Alunos caem em golpe de curso superior

Estudantes complementaram graduação para obter título de bacharel, mas ficaram sem diploma

Postado em: 21-07-2016 às 11h00
Por: Renato
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Estudantes complementaram graduação para obter título de bacharel, mas ficaram sem diploma

Deivid Souza 

Aproximadamente 50 alunos dos cursos de Educação Física e Pedagogia do Instituto Millenium de Educação e Cultura (Imec) receberam um certificado de conclusão sem validade, de acordo com uma investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Os estudantes, que já possuíam licenciatura nas respectivas áreas, cursaram 12 meses na instituição para complementar a graduação e conseguir o título de bacharel. No entanto, ao tentarem fazer o registro profissional no conselho de classe receberam a informação de que o diploma que tinha não era válido.

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No ato da matrícula, as vítimas receberam a informação de que os certificados iriam ser emitidos por três instituições de ensino parceiras que ficam nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No entanto, os graduados em Educação Física, ao procurarem o Conselho Regional de Educação Física da 14ª Região (Cref14), que responde pelos estados de Goiás e Tocantins, negou o registro profissional. O conselho apurou que as instituições que seriam parceiras do Imec negaram ter emitido os respectivos certificados.

“Nós recebemos alguns certificados de conclusão de algumas instituições e notificando as instituições de ensino superior, elas diziam que aqueles alunos não pertenciam a elas. Com o aumento específico dessas instituições de ensino, nós começamos a notificar tanto a Delegacia do Consumidor tanto o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal”, explicou o procurador jurídico do Cref14, Samuel Lemos.

Funcionamento

O estabelecimento não foi fechado. O diretor administrativo do Imec, Wilson José de Araújo, 61, foi preso na semana passada, prestou esclarecimentos e foi liberado. Ele vai responder pelo crime de estelionato, de acordo com o titular da Decon, Webert Leonardo. “Ele estava obtendo uma ilícita, vantagem oferecendo um serviço, que ao final não era entregue a contento, ou seja, os alunos na expectativa de exercer plenamente as suas profissões se viam frustrados ao final de pagar todos os 12 meses de contrato”, frisou.

A reportagem de O HOJE entrou em contato com a instituição de ensino, mas foi informada que a diretoria estava em uma reunião para tratar de assuntos educacionais e não poderia nos atender.

 

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