Presos suspeitos de explodir caixas eletrônicos

Polícia Civil garante que os suspeitos são responsáveis por pelo menos cinco crimes praticados na Região Metropolitana

Postado em: 26-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Polícia Civil garante que os suspeitos são responsáveis por pelo menos cinco crimes praticados na Região Metropolitana

Karla Araujo

Seis pessoas – três da mesma família – foram presas suspeitas de formarem uma quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos que atuava na Região Metropolitana de Goiânia. O resultado da investigação que culminou na Operação Metropolis foi divulgado ontem (25) pela Polícia Civil. Os presos são suspeitos de explodir pelo menos cinco caixas eletrônicos no mês de julho, dois no interior do Estado – Trindade e Goianira – e três em Goiânia, nos setores Bueno e Rodoviário e dentro do Cemitério Jardim das Palmeiras.

Apontado como líder da organização criminosa, Jorge Santana de Araújo, 21, foi preso no fim do ano passado após a explosão de um caixa eletrônico em Itaberaí. O suspeito ficou detido por cerca de oito meses e solto em seguida. A investigação aponta também que a mãe de Jorge, Raquel Vieira Costa de Oliveira, 39, era responsável por escolher os bancos que seriam alvos da quadrilha. O padrasto de Jorge, Fabrício Amorim Machado, 35, também fazia parte da quadrilha e foi preso. Além dos membros da mesma família, outros três integrantes do grupo foram presos: Marcelo Antônio Marques Pereira, 39, Lucas Fellipe Martins Melo, 24, e Lyneker Guilherme Silva Oliveira.  

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O delegado chefe do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Alex Vasconcelos, explica que a investigação durou dois meses porque o GAB acompanha ex-presos que são condenados por determinado crime. “Jorge e Fabrício foram para Uberlândia, onde encontraram pessoas que já roubavam bancos e explodiam caixas eletrônicos naquele Estado e os chamaram para cometer os crimes em Goiás”, afirma Vasconcelos.  

Prejuízo

A polícia ainda não sabe precisar quanto os suspeitos conseguiram retirar dos caixas eletrônicos. De acordo com o secretário de Segurança Pública, José Eliton, pouco dinheiro foi levado. Segundo o delegado Vasconcelos, os bancos ficam com prejuízo de R$ 300 mil a R$ 500 mil para reconstruir a estrutura das agências. 

O delegado adjunto da GAB, Samuel Moura, afirma que na primeira explosão ocorrida no mês, no Cemitério Jardim das Palmeiras, a polícia já sabia a forma como os suspeitos agiam. Além disso, a investigação aponta que Jorge e Marcelo foram os responsáveis pelo crime cometido em Goianira. A explosão da última quinta-feira (21) foi acompanhada pela polícia, que não interviu, segundo Moura, para que fosse possível prender a maior quantidade de integrantes possível. “Se prendêssemos dois ou três suspeitos, o restante continuaria com a quadrilha. Não era nosso objetivo”, diz Moura. 

Suspeitos

Moura afirma que os suspeitos não confessaram apenas um dos crimes, que foi classificado como furto qualificado. “Eles sabem que a pena é maior e, por isso, não confessaram. Mas o carro usado, um Honda Civic, as roupas e o porte físico não deixam dúvidas de que eles são os responsáveis”, garante o delegado. Ainda segundo Moura, em depoimento, Lucas afirmou que já praticou mais de 200 roubos. Ele tem mais de 54 mandados de prisão expedidos, sendo quatro deles por homicídio e um pelo sequestro de um delegado de Minas Gerais em 2010.  

O secretário José Eliton ressaltou o trabalho da polícia e lamentou o pouco tempo que os condenados ficam presos no Brasil. “Já aconteceu outras vezes. Quanto tempo estes ficarão presos?”, questionou. Além das prisões, foram apreendidos cinco quilos de artefatos explosivos, um simulacro de arma de fogo e um carro. Os suspeitos foram presos nos setores Residencial Tempo Novo, em Goiânia; e Maysa, em Trindade, enquanto se preparavam para um novo ataque em dois bancos em Palmeiras de Goiás.  

Objeto suspeito era máquina de cartão 

O pacote suspeito deixado em frente a uma agência do banco Sicoob, na rua 1, no Centro de Goiânia, na manhã desta segunda-feira (25), era apenas uma máquina de cartão. A informação é da Polícia Militar, que, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), detonou o pacote após interditar a via e isolar o local.

Apesar disso, a assessoria de imprensa do banco não confirma a informação. Representantes da instituição disseram que vão aguardar um laudo que ateste o que era de fato o objeto antes de se pronunciarem. Um 

A polícia foi acionada para averiguar o pacote depois que o vigilante da agência viu um homem sair de um carro de cor prata, por volta das 8h30 da manhã, e deixar o objeto em frente à agência. Os funcionários que estavam presentes foram retirados do local e a assessoria de imprensa do Sicoob afirma que foram tomadas todas as medidas recomendadas pela polícia.

O Bope foi acionado por conta de uma possível ameaça de bomba. Os policiais isolaram o local. 

 

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