Após explosões, bancos devem diminuir dinheiro em caixas

Medida é discutida entre Asban e SSPGO para transformar a explosão das maquinas em crime menos atrativo

Postado em: 13-08-2016 às 06h00
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Após explosões, bancos devem diminuir dinheiro em caixas
Medida é discutida entre Asban e SSPGO para transformar a explosão das maquinas em crime menos atrativo

Bancos com agências em Goiânia estudam diminuir a quantidade de dinheiro nos caixas eletrônicos para tornar o crime de explosão das maquinas menos atrativo. A recomendação foi feita pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSPGO) à Associação de Bancos de Goiás, Tocantins e Maranhão (Asban), devido à recorrência deste tipo de crime em Goiás. 
De acordo com presidente da Asban, Mario Queiroz, os bancos estudam até retirar todas as cédulas dos caixas eletrônicos quando o horário de autoatendimento for encerrado, mas as empresas ainda não decidiram se tal medida será viável. A SSPGO e Asban também já discutiram sobre as agências aprimorarem a vigilância por meio de monitoramento realizado por segurança privada; e a prestação de informação imediata à Polícia Militar em caso de suspeita de crimes contra a instituição e seus clientes.
Queiroz afirma o prejuízo no atendimento é maior que o rombo financeiro causado pela explosão de caixas eletrônicos. “Quando o crime acontece, uma comunidade inteira fica sem o serviço do banco por dias. A situação é pior em cidades do interior, que muitas vezes têm apenas uma agência”, diz o presidente. Queiroz aconselha ainda que os correntistas optem por fazer transferências eletrônicas.

Sugestões
O chefe da Segunda Seção de Estado Maior da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM2), Célio Pereira Bueno, afirma que as reuniões entre SSPGO e Asban para discutir o assunto já acontecem desde fevereiro. “Fazemos recomendações, que a associação avalia se deve passar aos bancos. Depois as instituições decidem se serão cumpridas”, explica Bueno. 
De acordo com o chefe da PM2, os bancos têm se mostrado abertos às sugestões apresentadas pelos representantes da segurança pública. Bueno explica que a PM dividiu Goiânia em corredores de maior concentração de caixas eletrônicos para que as viaturas possam realizar rondas.  

Casos
No fim de julho a Polícia Civil realizou a prisão de uma quadrilha que explodia caixas eletrônicos na Região Metropolitana de Goiânia e em cidades do interior. O delegado chefe do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Alex Vasconcelos, explica que a investigação durou dois meses porque o GAB acompanha ex-presos que são condenados por determinado crime. A polícia atribui à quadrilha a responsabilidade da explosão de pelo menos cinco agências bancárias no mês de julho.
Na época, acreditava-se que os crimes do tipo iriam cessar por algum tempo, o que não aconteceu, pois duas semanas depois o crime voltou a ser praticado em uma agência do Banco do Brasil localizada em Aparecida de Goiânia. Nessa quinta-feira (11) outra agência do mesmo banco também teve os caixas eletrônicos explodidos. Representantes da Delegacia de Investigações Criminais (Deic) informaram que as apurações dos dois casos estão em andamento e a hipótese que seja a mesma quadrilha que estaria atuando na região ainda não pode ser confirmada. Testemunhas disseram para a polícia que viram um carro branco fugindo em alta velocidade.
 

Veja Também