Vendedora de doces precisa de quiosque para trabalhar

Resnângela vende balinhas há 15 anos para sustentar os 3 filhos e ajudar marido doente

Postado em: 07-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Resnângela vende balinhas há 15 anos para sustentar os 3 filhos e ajudar marido doente

Bruna Policena 

Resnângela Maria de Sousa tem 30 anos e desde os 16 vende doces na frente de escolas, empurrando seu carrinho pesado e velho. A vendedora ganhou um ponto em frente a Escola Maranata, no setor Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia, e precisa da doação de um quiosque para vender seus doces e lanches. A pequena renda dos doces ajuda a manter a casa alugada, onde mora com seus filhos e o marido, que está com problemas nos rins e não consegue voltar ao trabalho. 

Ainda criança, Resnângela era explorada para trabalhar de doméstica em casas particulares, e sempre sofreu com a violência familiar. A profissão de vendedora de balinhas foi uma forma de realizar o seu sonho de ter seu próprio negócio. No entanto, ainda não conseguiu ter seu espaço, e ainda tem esperança de conseguir o quiosque para trabalhar. De acordo com ela, um quiosque de lata, semelhante aos de chaveiros e pit dogs funcionaria muito bem para vender seus doces.

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Seu marido Wilk Romano, de 40 anos, é porteiro e ganha um salário mínimo. Ele ainda está no emprego, mas sofre fortes dores por conta de um problema grave nos rins, e precisa de tratamento urgente. Assim, o dinheiro que Resnângela ganha com a venda dos doces mal cobre os gastos de casa, e neste último mês não conseguiu nem comprar novas mercadorias para repor seu pequeno estoque de balinhas. 

A vendedora já trabalha no mesmo ponto há 15 anos e é muito reconhecida pelas crianças da escola, mas suas condições de trabalho são difíceis. O carrinho já foi comprado velho, e ela não tem dinheiro suficiente para fazer um investimento inicial para comprar mais variedades de mercadoria. A casa dela também é muito simples, no entanto, ela que só conseguiu estudar até a quinta série, investe na educação dos filhos.

A Escola Maranata é vinculada com o estado, e segundo Resnângela, a mensalidade é de R$ 40 para cada filho. O aluguel de R$300 também é outro gasto, além das contas de manutenção da casa, como comida, água e energia. Casada com seu marido há 14 anos, já morou em vários lugares de Goiânia por conta da dificuldade financeira de pagar o aluguel. Nascida na Bahia, ela veio para Goiânia com oito anos, e mais tarde fugiu de casa por conta da violência doméstica.

Agora que tem sua família, espera oferecer melhores condições para seus filhos e ter seu sonho realizado. Para isso, ela conta com a doação de um quiosque e a ajuda inicial da compra das mercadorias. O telefone de contato dela é 99153-2180. 

 

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