MEC divulga balanço do Sisu e do ProUni; veja as maiores notas de corte

Ambos processos seletivos selecionam os estudantes com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016

Postado em: 08-02-2017 às 08h43
Por: Renato
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Ambos processos seletivos selecionam os estudantes com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016

O Ministério da Educação (MEC) divulgou o balanço de
inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade
para Todos (ProUni). Ambos processos seletivos selecionam os estudantes com
base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016.

O Sisu oferece vagas em instituições públicas de ensino
superior. O único critério para participar é não ter tirado nota zero na
redação do Enem.

Já o ProUni oferece bolsas de estudo em instituições
privadas de ensino superior. Para participar, além de não ter zerado a redação,
o candidato deve ter tirado pelo menos 450 pontos na média das provas do Enem.
Os candidatos devem ainda ter cursado o ensino médio em escola pública ou, na
condição de bolsista integral, na rede particular e comprovar renda familiar de
até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários
mínimos para a parcial. Também podem participar pessoas com deficiência e
professores da rede pública que integrem o quadro permanente da instituição de
ensino.

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Sisu

De acordo com o MEC, 2.498.261 candidatos se inscreveram no
Sisu. O número corresponde a cerca de 40% do total de 6,1 milhões de candidatos
que fizeram o Enem.

Ao todo, segundo a pasta, foram ofertadas 237.840 vagas.
Houve uma revisão das 238.397 inicialmente anunciadas. Mesmo assim, o número é
maior que o de vagas ofertadas no ano passado, 228.397. O número de inscritos,
no entanto, apresentou queda. Na primeira edição de 2016, foram 2.712.937
incrições, cerca de 46% dos 5,8 milhões que fizeram o Enem.

O Nordeste liderou as inscrições, com aproximadamente 1,9
milhão de interessados. A região foi seguida pelo Sudeste, com 1,4 milhão; Sul
(573 mil); Norte (509 mil); e, Centro-Oeste (480 mil).

Os cursos que receberam mais inscrições foram: análise e
desenvolvimento de sistemas no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (21.787); direito, na Universidade Federal de Minas
Gerais (17.166); medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (13.084);
ciência tecnológica na Fundação Universidade Federal do ABC (12.714); e
pedagogia, na Universidade Estadual do Piauí (12.115).

Falhas

No processo de inscrição, o Sisu apresentou falhas e
estudantes relataram que não conseguiam acessar o sistema. Devido a esses
problemas, o MEC adiou o prazo de inscrição, que terminaria no dia 27 de
janeiro para o dia 29 de janeiro.

Além disso, estudantes fizeram denúncias de que os cursos
que escolheram foram trocados de última hora no sistema. Um dia antes da
divulgação do resultado, que ocorreu no último dia 30, o MEC reconheceu que o
perfil de pelo menos seis pessoas pode ter sido invadido por hackers, mas negou
a invasão do sistema. A pasta acionou a Polícia Federal.

“O sistema não foi violado em hipótese alguma, mas se
há vulnerabilidade a usuário específico, isso é passível de qualquer
sistema”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho à imprensa.

Veja os dez cursos com as maiores notas de corte no Sisu:

ProUni

O ProUni registrou 1.535.042 inscritos, número um pouco
inferior aos 1.599.808 do primeiro processo seletivo do ano passado. Já a
oferta de bolsas foi a maior da história do programa, 214.242. O número também
foi revisto, mas ao contrário do Sisu, aumentou em relação às 214.110
inicialmente anunciadas.

Os cursos mais procurados foram direito, com 268.864
inscrições, seguido por administração (268.041), pedagogia (180.020),
enfermagem (165.578) e educação física (160.052).

Veja os dez cursos com as maiores notas de corte no ProUni:

Variações

Sobre os números de inscritos e de vagas no ProUni e no
Sisu, o MEC diz que não é possível fazer comparações entre os
inscritos/inscrições de um ano e outro. “Tanto que o MEC trata como
variação – e não aumento ou diminuição. Isso porque é um processo que tem
diversas variáveis. Além de depender exclusivamente dos candidatos, que tem
motivações pessoais para realizarem ou não a inscrição, as instituições mudam,
a distribuição das vagas não é igual, os cursos mudam, entre diversos outros
fatores, o próprio desempenho dos candidatos no Enem”, diz o ministério,
em nota.

Em relação às diferenças no número de vagas
disponibilizadas, a pasta diz que isso ocorre em todos os semestres devido a
ajustes das próprias instituições, que são as responsáveis pela oferta.

Foto: (Reprodução) 

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