Governo do Espírito Santo anuncia acordo para volta de PMs ao trabalho

O acordo com as associações visa suspender a paralisação e retomar os serviços de policiais militares prestados à sociedade a partir deste sábado

Postado em: 11-02-2017 às 09h34
Por: Renato
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O acordo com as associações visa suspender a paralisação e retomar os serviços de policiais militares prestados à sociedade a partir deste sábado

O governo do Espírito Santo anunciou na noite desta
sexta-feira (10) a assinatura de um acordo com as associações que representam
os policiais militares capixabas para suspender a paralisação dos agentes para
a retomada das atividades neste sábado (11), a partir das 7h. Aqueles que
retornarem até este horário não sofrerão punições administrativas.

“Conversamos com os nossos soldados e pedimos bom senso e que retomem as
atividades. São mais de 100 mortes”, disse o secretário estadual de Direitos
Humanos, Júlio Cesar Pompeu. “Estou esperançoso de que não serão necessárias
medidas para garantir o império da lei”, acrescentou.

As mulheres dos policiais que têm acampado em frente aos
batalhões impedindo a saída de viaturas não participaram da negociação com o
governo. Segundo Pompeu, a responsabilidade pela segurança é dos policiais e
não das esposas. “Peço que eles conversem com as esposas e retornem ao
trabalho.”

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No acordo firmado esta noite, o governo não concedeu
reajuste salarial. Na proposta apresentada pelas mulheres, elas pediam 20% de
reajuste imediato e 23% de reajuste escalonado.

Pelo acordo, segundo o secretário Direitos Humanos, os
militares não sofrerão sanções administrativas, mas o indiciamento de 703
policiais pelo crime de revolta será julgado pela Justiça. Se condenados, a
pena é de oito a 20 anos de detenção em presídio militar e a expulsão da
corporação. Esses policiais tiveram o ponto cortado desde sábado (4) e não vão
receber salário.

O secretário de Segurança Pública, André Garcia, informou
que os policiais foram indiciados pelo crime militar de revolta por estarem
armados e aquartelados nos batalhões.

Representantes das associações de classe disseram que
apostam no bom senso dos policiais para que retornem ao trabalho para não
sofrer sanções administrativas. Eles acreditam que os policiais podem convencer
suas esposas a desbloquear os portões dos quartéis.

Foto: Reprodução (R7) 

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