Mais de 250 escolas aderem ao programa de educação financeira em Goiás

Em Goiás, 55 municípios aderiram ao projeto

Postado em: 25-08-2021 às 07h59
Por: Daniell Alves
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Em Goiás, 55 municípios aderiram ao projeto | Foto: Reprodução

Cerca de 250 escolas municipais do Estado já aderiram ao projeto Aprender Valor, iniciativa do Banco Central, para estimular o desenvolvimento de competências e habilidades de Educação Financeira e Educação para o Consumo em estudantes das escolas públicas brasileiras. A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) fez adesão ao projeto e deve começar a executá-lo nas unidades estaduais a partir do próximo ano.

Em Goiás, 55 municípios aderiram ao projeto, sendo 254 escolas municipais. De acordo com Márcia Faleiro, gerente do Ensino Fundamental Anos Finais, esse projeto está voltado para a matemática financeira, mas vai desenvolver no aluno o entendimento de que a matemática deve estar no cotidiano. Na verdade, o aluno não irá usar a matemática somente com os números que ele vê na escola, vai utilizar para fazer algum financiamento, entender o que significa um juro, uma poupança”, explica.

Segundo ela, o diferencial do projeto é que ele irá envolver não só o componente curricular de matemática, mas também desenvolver os outros componentes até da área de humanas, como de geografia e história. “Ele é bastante interdisciplinar, os alunos irão desenvolver um projeto com apoio do Banco Central para entender que a matemática deve ser utilizada na vida”, diz.

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A meta é beneficiar, em um primeiro momento, cerca de 180 mil estudantes de 7ºs, 8ºs e 9ºs do Ensino Fundamental. “Fizemos a adesão do programa e vamos envolver a maioria das escolas estaduais, porém isso será feito em 2022. Vamos divulgar a partir de outubro para fazer a execução no próximo ano. Alguns municípios já aderiram, mas são escolas municipais ainda e estão caminhando”, afirma.

O projeto

O Aprender Valor é uma iniciativa do Banco Central do Brasil que tem como objetivo estimular o desenvolvimento de competências e habilidades de Educação Financeira e Educação para o Consumo em estudantes das escolas públicas brasileiras. Financiado com recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o programa vem sendo implementado desde o início de 2020, em caráter experimental (fase piloto), em escolas selecionadas de cinco estados (Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná) mais o Distrito Federal.

A partir deste ano, a iniciativa entra em fase de expansão nacional, possibilitando que outras escolas e redes municipais e estaduais de Educação tenham acesso aos recursos do Programa. Dessa forma, já em 2021 conhecimentos sobre formas de melhorar a gestão do dinheiro podem chegar a estudantes de Ensino Fundamental de todo o País.

Entre as metas está a de tratar a Educação Financeira no contexto escolar, tendo em vista os impactos, na vida individual e coletiva, no presente e no futuro, causados pelo modo como as pessoas lidam com o consumo e com os recursos financeiros e materiais. Também deve levar o tema para dentro das salas de aula e se alinhar à demanda contemporânea de promoção do letramento financeiro na escolarização de nível básico.

Conscientização

De acordo com o Banco Central, a inserção da Educação Financeira e da Educação para o Consumo nos currículos escolares, como proposta pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), auxilia a inserção crítica e consciente de crianças e adolescentes no mundo atual, contribuindo para a constituição da cidadania. Além disso, aproxima o aprendizado escolar da vida prática, contribuindo para uma aprendizagem mais significativa.

“No programa Aprender Valor, a Educação Financeira se efetiva nas escolas de Ensino Fundamental por meio de projetos escolares que integram Educação Financeira a diferentes componentes curriculares. Esses projetos trazem sequências didáticas com atividades capazes de articular habilidades relacionadas ao planejamento do uso dos recursos, à poupança ativa e ao uso responsável do crédito com conteúdos e habilidades de Matemática, Língua Portuguesa e Ciências Humanas previstas na BNCC, de modo transversal e integrado”, diz o projeto. (Especial para O Hoje)

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