Oito cidades goianas enfrentam rodízio ou falta de água

Caldas Novas entrou em calamidade pública decretada pela falta de água desde o último dia 14

Postado em: 20-09-2021 às 08h03
Por: Redação
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Caldas Novas entrou em calamidade pública decretada pela falta de água desde o último dia 14 | Foto: Reprodução

Por Alzenar Abreu

A crise hídrica causada pela forte estiagem em Goiás já chegou às torneiras da população de oito cidades. São Luiz do Norte, Goianésia, São Luís de Montes Belos, Crixás, Anápolis, além de Senador Canedo, Abadiânia e Caldas Novas já enfrentam falta de água ou rodízio de abastecimento. Os reservatórios que abastecem o Estado estão bem abaixo da capacidade. Com os índices em níveis preocupantes, a previsão é que se tenha menos água nas torneiras. 

Destas, Senador Canedo, Abadiânia e Caldas Novas não são atendidas pela Companhia de Saneamento de Goiás S/A (Saneago) e possuem serviço próprio de cada município e também estão com revezamento do sistema de abastecimento. 

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Em nota, a Saneago informa que a vazão dos mananciais goianos está em níveis drásticos e que até o momento apenas as cidades de Crixás, Goianésia, São Luiz dos Montes Belos e São Luiz do Norte, atendidas pela empresa, estão com racionamento de água. A empresa divulgou em seu site quais bairros sofrem revezamento. A Saneago não apontou outras possíveis cidades que podem entrar no mesmo estado crítico.

Em Anápolis há relatos também de torneiras secas, mas segundo a assessoria do órgão, os casos na cidade são pontuais e o sistema de abastecimento global está funcionando em perfeitas condições.

Segundo a Saneago, o período de estiagem demanda cuidados, e que o país enfrenta em 2021 a maior estiagem dos últimos 100 anos.

Emergência

A Companhia faz alerta de que a emergência hídrica também afeta outros estados da Região Centro-Sul do País (incluindo Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná); conforme documento emitido pelo Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), junto a órgãos de meteorologia federais e ao Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

Aos goianos, a empresa salienta que no período de estiagem façam uso consciente das reservas domiciliares de água tratada. Não desperdicem e informem a Companhia caso verifiquem vazamentos nas ruas e calçadas, para que os técnicos possam efetuar o conserto o mais rápido possível.

A nota também ressalta, inclusive, sobre a importância da manutenção das caixas d’água, que auxiliam na reserva domiciliar. Por meio desses reservatórios, é possível que, em caso de eventuais interrupções no sistema, não haja desabastecimento nos imóveis. Além disso, as caixas d´água minimizam a pressão hidráulica que entra nas casas, o que evita sobrecargas nas tubulações. “Até que o período de chuvas retorne, o uso de água tratada deve ser apenas para o essencial”, diz a empresa.

Calamidade em Caldas

Cidade turística, que depende das fontes de águas quentes para manter a principal atividade econômica local, Caldas Novas entrou em calamidade pública decretada pela falta de água, desde o último dia 14. A medida é válida por 90 dias.

A população fica com serviço suspenso das 10h às 22h, em dias pares e dias ímpares.  O abastecimento de Caldas Novas fica por conta do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Demae).

Sem chuvas, o Ribeirão Pirapitinga, que abastece a captação e tratamento de água do município, está sofrendo com os baixos níveis nos reservatórios. O prefeito de Caldas Novas, Kleber Marra, não descarta a possibilidade de um colapso no abastecimento de água potável.

Segundo ele, a falta de e investimento de infraestrutura para abastecimento da cidade há mais de 20 anos, piorou, ainda mais, o caos eminente. (Especial para O Hoje)

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