Saiba por que meta de criar 4 mil vagas para educação infantil ainda não foi cumprida

Prefeito havia anunciado que entregaria mais de 2.500 vagas até o retorno das aulas presenciais em agosto passado, o que não ocorreu

Postado em: 03-11-2021 às 07h00
Por: Maiara Dal Bosco
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Prefeito havia anunciado que entregaria mais de 2.500 vagas até o retorno das aulas presenciais em agosto passado, o que não ocorreu | Foto: reprodução

O déficit de vagas na Educação Infantil na Capital é uma questão que vem sendo tratada ao longo dos últimos anos pela gestão municipal. E deverá continuar, uma vez que, mesmo tendo anunciado a criação de 2.500 vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) em 2021, segundo dados da Secretaria Municipal de Educação (SME), o déficit é atualmente de 3.950 vagas.

Em entrevista a uma rádio da Capital, o secretário Municipal de Educação, Wellington Bessa, afirmou que o déficit ainda é alto. Segundo ele, para que haja maior redução do déficit, há a projeção de inaugurar mais unidades de ensino no Município até o final do ano. “Teremos a unidade Dom Antônio, com 240 vagas; a unidade do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da Providência e outras que podem ser inauguradas ainda neste ano e vão aumentar o número de vagas ofertadas e diminuir o déficit”, conta.

Na última semana, a prefeitura inaugurou o Cmei Ceasa, localizado dentro do Ceasa, na região Norte da Capital. A capacidade do novo Centro Municipal de Educação Infantil poderá atender 80 crianças com idades entre 6 meses a 5 anos, em período integral. O prefeito Rogério Cruz já havia destacado que o desafio do Secretário Municipal de Educação, Wellington Bessa, era de entregar mais de 2.500 vagas até o retorno das aulas presenciais em agosto passado, o que não ocorreu.

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A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Educação (SME) para averiguar quantas vagas em Educação Infantil a pasta pretende criar até o final de 2021, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Avaliação

Sobre a qualidade do ensino nos Cmeis, o prefeito Rogério Cruz já havia solicitado, neste ano, um estudo detalhado sobre a atual metodologia de ensino e a implantação de um novo método a partir do próximo ano. O objetivo é evitar que crianças saiam dos Cmeis sem saber ler e escrever. “É inadmissível que uma criança de cinco ou seis anos saia do Cmei e vá para a escola sem conhecer vogais, alfabeto e sem vocabulário. Não se pode ensinar a elas apenas sobre cuidados com cabelo e vestimenta. Se nas unidades particulares, elas saem com conhecimento de alfabeto e vocabulário, nas públicas deve acontecer o mesmo”, concluiu.

Retorno presencial

Em coletiva realizada na última semana, o titular da pasta, Wellington Bessa, destacou que, diante de não haver mais a restrição do distanciamento, outrora imposta pelos últimos decretos, o planejamento para que ocorra o aumento dos alunos em sala de aula até que alcance 100% estava em fase de conclusão.

Ele afirmou que nesta semana a pasta já deve ter o estudo sobre a possibilidade de retornar com os alunos de 5º a 9º ano. Segundo ele, com a nova realidade, já há o mapeamento completo das 372 unidades de ensino da Capital, para que possa ser aumentado o quantitativo de alunos. “O certo é que, em janeiro [de 2022], 100% dos nossos alunos estarão em sala de aula”, declarou Bessa.  (Especial para O Hoje)

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