Alta dos preços: crise faz consumidor mirar em itens básicos durante Black Friday

Data deverá ser marcada pela compra de itens de primeira necessidade, como alimentos

Postado em: 22-11-2021 às 08h04
Por: Redação
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Data deverá ser marcada pela compra de itens de primeira necessidade, como alimentos | Foto: Jota Eurípedes

Por Alzenar Abreu

Saem as redes de eletroeletrônicos, entram os supermercados. Diante da crise financeira, especialistas avaliam que a Black Friday de 2021 deverá ser marcada pela compra de itens de primeira necessidade, como alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal. Alimentos de mercearia, bebidas, frutas desidratadas e até alimentos de primeira necessidade estão na mira dos descontos da Black Friday nos supermercados.

A situação é diferente do que ocorreu em anos anteriores, quando os consumidores aproveitaram a data para comprar itens mais caros, especialmente os importados, como celulares e eletrônicos em geral.

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Para Thiago Pereira e Silva, gerente de uma loja de rede de atacarejos de Goiás, a expectativa é de vender até 25% a mais esse ano, nessa época.  Ele diz que o segmento não teve perdas significativas durante a pandemia porque as pessoas consumiam muito em casa porque não havia disponibilidade de sair para frequentar restaurantes, bares, boates e ambientes de festas com aglomeração.

Thiago diz que este ano devem ser comercializados 30% a mais em itens como as frutas secas e castanhas já no Black Friday. “Já organizamos descontos especiais porque fizemos estimativa de procura. Este ano, com a liberação dos estabelecimentos, as vendas para atacado vão aumentar e no varejo também. Porque no Natal e no Ano Novo a grande maioria se reúne com a família para confraternizar”, diz.

Ofertas

Itens de bazar, kits de xampu, perfumaria e bebidas diversas e cervejas terão preços especiais com descontos já programados. “Esperamos vender bastante porque o público já adquire com a intenção de fazer a reserva para o fim do ano”, completa ao dizer que já estão em preparo as cartelas especiais para a ‘Black Festa’ que vai trazer uma boa movimentação para o comércio goiano. “A decoração já foi encomendada, mas o cliente quer mesmo é o preço bom na gôndola”, brinca Thiago.

Os supermercados que vendem uma pequena parcela de eletroeletrônicos também pretendem oferecer bons descontos e aproveitar para queimar estoques em produtos como copos, talheres, panelas, baixelas e itens para suprir a mesa com todos os produtos para preparar as ceias.

As redes de mercado brasileiras desenvolvem a ação desde que a Black Friday chegou ao território nacional. A promoção nasceu nos Estados Unidos e é realizada um dia após o feriado americano de Ação de Graças. A data inaugura a temporada de compras natalinas. No Brasil, o evento chegou em 2010.

Outra grande rede de supermercados entrevistada pelo O Hoje garante bons descontos nas seções mais desejadas, como bazar, carnes, eletro, mercearia e bebidas. Os descontos são personalizados de acordo com o hábito de compra. O que possibilita economia nos produtos realmente relevantes para cada cliente.

Mas quem quer encher o carrinho deve ficar atento porque algumas redes de supermercados e atacarejos pedem que o cliente se cadastrar primeiro em um aplicativo, para ter direito aos descontos.

Para fazer boas compras é preciso se adiantar e pesquisar em sites. Isso porque alguns mercados já estão com descontos na ‘Pré-Black Friday’ que chegam a 50% em itens como churrasqueiras e carnes.

Especialistas em consumo dizem que para aproveitar ao máximo os bons preços é necessário ter calma e planejamento. Isso para não cair nas armadilhas do marketing e acabar gastando além da conta.

Quem compra precisa estar atento porque a Black Friday é um período com muito apelo de marketing e de publicidade que pode levar o consumidor a gastar sem necessidade. (Especial para O Hoje)

40% dos consumidores estão animados para comprar

Além de alimentos, o público também busca pela categoria Casa e Construção, assim como Eletroeletrônicos. Marcada para 26 de novembro, a Black Friday no Brasil promete descontos muito melhores do que durante outras épocas do ano.

Para 2021, o varejo deve movimentar R$ 110 bilhões, de acordo com um estudo da E-bit/Nielsen. Porém, é fundamental compreender as tendências de consumo e a intenção do que eles querem mesmo levar.

De acordo com a pesquisa realizada pela Navegg, plataforma conectada ao grupo Dentsu, a Black Friday deve ser liderada pelas compras de Natal, com 40% das intenções de compra, na região Centro-Oeste do Brasil.

Outra categoria que está em ascensão de consumo são os produtos de casa e decoração. Afinal, receber as pessoas em casa vai ser o momento mais desejado nesse final de ano. Os itens mais buscados são utensílios de cozinha, cama, mesa e banho, revestimentos como pisos e azulejos e materiais hidráulicos.

Já em terceiro lugar verifica-se interesse por eletroeletrônicos como TVs, computadores, churrasqueiras e ventiladores. O estudo foi baseado em quesitos como personalidade, experiências pessoais, região em que nascem, idade, famílias, poder aquisitivo e fatores que influenciam na maneira como os consumidores escolhem, compram e consomem. (Navegg)

Dicas para gastar menos

– Pesquise em casa antes de correr para o mercado.  Para aproveitar ofertas reais, é preciso acompanhar o comportamento dos preços nas semanas que antecedem a Black Friday

– Encher o carrinho virtual. Com o preço dos combustíveis que se mantém em alta, fazer a compra do supermercado pela internet pode ser uma chance imperdível de economizar

– Cuidado com os gastos pessoais.  Black Friday não pode ser desculpa para entrar estourar o cartão de crédito nem usar o cheque especial para estocar alimentos

– De olho na validade.  É uma prática os supermercados colocarem em promoção os produtos que estão próximos da validade

– Compras em atacarejos.  A compra de alimentos nesse segmento já foi absorvida no comportamento em relação às compras do brasileiro

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