Em um ano, gasolina fica 40% mais cara em Goiás, mas se mantém abaixo da média do país

Mesmo que abaixo da média nacional de aumento, que foi de 46%, abastecer com gasolina comum em Goiás já está 40% mais caro do que comparado ao ano passado. Segundo dados da Fiquem Sabendo, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em outubro de 2020, o valor médio de revenda do combustível era de R$ 4,825. Um ano depois, Em outubro de 2021, o valor médio encontrado em revenda em Goiás foi de R$ 6,749.

Fazendo uma conta simples e considerando um tanque com capacidade para 50 litros, a reportagem concluiu que o consumidor gastou, em outubro de 2020, o valor médio de R$ 241,25 para completar o tanque com gasolina comum em Goiás. Um ano depois, este valor médio chegou a R$ 337,45, o que representa R$ 96,20 a menos no bolso dos goianos.

A nível nacional, o preço médio da gasolina comum saltou de R$ 4,358 em outubro de 2020 para R$ 6,341 em outubro de 2021. De acordo com a ANP, as variações registradas acima da média nacional de 46% foram encontradas nos Estados da Bahia (57%), Piauí (56%), Amazonas e Espírito Santo (55%), Rio Grande do Sul (50%), Paraná e Amapá (49%), seguidos por Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Distrito Federal (47%). Já as menores variações registradas em um ano foram encontradas nos Estados do Acre e Tocantins, com 34%.

Goiânia

Goiânia é a segunda Capital com a gasolina mais cara do Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), ficando atrás somente de Teresina. De acordo com o último levantamento da ANP, realizado entre os dias 07 e 13 de novembro, o valor médio da gasolina comum encontrada na Capital goianiense foi de R$ 7,217. Com isso, abastecer totalmente um tanque de 50 litros custa hoje, em média, R$ 360,85. O valor total é R$ 2,90 a mais do que o registrado imediatamente no mês anterior, quando encher o tanque custava, em média, ao consumidor R$ 357,95, e R$ 115,90 a mais do que em janeiro, quando o valor médio da gasolina comum era de R$ 4,899.

Já com relação ao etanol, a média de valor encontrado na Capital, na semana correspondente entre 07 e 13 de novembro foi de R$ 5,247.  Com isso, abastecer totalmente o tanque com etanol custa ao goianiense a quantia de R$ 262,35, ou seja, R$ 3,45 a mais por litro do que o registrado em outubro e R$ 87,40 a mais do que no comparativo com o mês de janeiro, quando o etanol era encontrado, em média, com o valor de R$ 3,499 por litro na Capital.

Alterações

Também neste mês, foram aprovadas pela ANP alterações em regras relativas à comercialização de combustíveis.  O novo regulamento modifica as resoluções que tratam da atividade de revenda varejista de combustíveis automotivos e que estabelece os requisitos para o exercício da atividade de transportador revendedor retalhista, e, ainda, a que normatiza a normatiza a atividade de distribuidor de combustíveis.As medidas aprovadas, que foram submetidas à consulta e audiência públicas, vêm sendo discutidas pela ANP desde 2018, com o início da greve dos caminhoneiros. Na ocasião, a Agência adotou um conjunto de medidas de flexibilização, excepcionais e temporárias, com o intuito de garantir o abastecimento. 

Entre as principais alterações estão que os preços dos combustíveis serão expressos com duas casas decimais, ao invés de três casas decimais, no painel de preços e nas bombas medidoras com o objetivo de facilitar o entendimento dos consumidores e a alteração na “tutela de fidelidade a bandeira”. Esta última determina que o revendedor varejista informe, em cada bomba medidora, de forma destacada e de fácil visualização, o CNPJ, a razão social ou o nome fantasia do distribuidor fornecedor do respectivo combustível automotivo. (Especial para O Hoje)