Estado recua e não deve cortar bônus por faltosos no Enem

O Estado registrou um índice de 68% de participação na prova, abaixo da meta estipulada

Postado em: 25-11-2021 às 07h55
Por: Daniell Alves
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O Estado registrou um índice de 68% de participação na prova, abaixo da meta estipulada. | Foto: Reprodução/Internet

Os alunos da rede estadual de Goiás não compareceram ao Enem e os professores quase perderam o bônus oferecido pelo governo estadual. A justificativa para reduzir parte da bonificação era que não houve a adesão esperada para o exame do Enem. O compromisso era levar 70% dos alunos para o Exame, mas 32,1% não conseguiu realizar o exame. A secretaria de Educação comparou a frequência no Enem com os exames realizados pela pasta para avaliar o desempenho das crianças do ensino fundamental, que foi de 70%.

Conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) Goiás ficou na antepenúltima colocação, com 32,1% de faltas ao Exame, estando à frente apenas de Roraima, com 32,4%; e Amazonas, com 40,6% de abstenção.

Diante do resultado, a secretária anunciou uma redução no bônus por resultado que será pago aos professores em dezembro. Mas após reuniões com conselhos, professores e a titular da Educação,  a medida foi descartada e o corpo docente deve receber integralmente o valor.

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O pagamento de bônus foi anunciado pelo governo em outubro. O benefício será pago aos professores ainda no mês de dezembro de 2021, quando eles receberão mais de R$ 131,7 milhões. Já os servidores administrativos vão receber mais de R$ 29,3 milhões, em janeiro de 2022, num total de R$ 161 milhões.

Segundo a Seduc, o benefício leva em conta, para além do trabalho já desenvolvido, metas pactuadas pelas unidades escolares com a Seduc, em quesitos importantes para o acesso, permanência e sucesso dos alunos da rede estadual. “Esse bônus tem natureza remuneratória, caráter excepcional e se alicerçará nos resultados produzidos pelos servidores docentes e administrativos da pasta por meio de metas”, disse à época.

Comparação

A secretária comparou a frequência do Enem com as duas provas de avaliação realizadas pelo estado. O Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego) e o de Educação Básica (Saeb), avaliam os alunos do 2º, 5º e 9º, ou seja, o ensino fundamental.

A comparação reforça a necessidade de uma maior atenção no ensino médio, tendo em vista o crescimento da evasão escolar nos alunos do 1º ao 3º ano.

Agora, segundo a secretária, poderá haver tentativa de reverter tal cenário de baixa adesão no segundo dia de prova, que irá ocorrer no domingo (28). Em mensagem compartilhada com os gestores, a pasta pede ajuda dos professores para mobilizar alunos para irem à prova. De acordo com ela, teria ocorrido falha na articulação para a participação no Enem. “A lei aprovada na Alego prevê o bônus que será pago em dezembro, voltado para mérito. Isso envolve a retomada presencial das aulas, frequência e proficiência, foco na aprendizagem e busca ativa.

“Sobre os primeiros itens, eu diria que estamos avançados, mas no Enem falhamos na articulação. A meta era 70% de frequência no mínimo. E isso não aconteceu, não batemos a meta.”

Percentual positivo

Em entrevista à imprensa no último domingo (21) Fátima havia informado que os dados levantados pela Seduc indicavam que a participação dos estudantes da rede pública estadual de ensino no primeiro dia de provas do Enem tinha alcançado 70%. Segundo informou a secretária, esse percentual era visto, por ela, como positivo, consideradas as dificuldades deste momento da pandemia de coronavírus.

os”, afirmou a secretária.

Para Fátima Gavioli, a participação dos alunos nestas provas, ainda em meio à pandemia, reflete esse trabalho cuidadoso. Assim como projetos e ações que asseguraram a continuidade das atividades da Educação. “Nossos estudantes não ficaram desassistidos durante a pandemia”, assegurou a secretária. (Especial para O Hoje)

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