Polícia desarticula grupo que usava drones para entregar celulares a presos de Aparecida

Segundo as investigações, cada entrega poderia chegar a custar R$ 50 mil.

Postado em: 01-12-2021 às 08h50
Por: Ícaro Gonçalves
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Segundo as investigações, cada entrega poderia chegar a custar R$ 50 mil | Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu nesta terça-feira (30/11) um total de 18 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão contra suspeitos de organizarem entregas de drogas e celulares na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida. Segundo as investigações, os suspeitos faziam uso de drones para sobrevoar o presídio e realizar as entregas.

Somente no ano de 2021, foram constatadas ao menos 85 entregas de entorpecentes, aparelhos celulares, chips e carregadores feitas com uso dos drones. Em contraposição, no ano de 2020 foram 7 ocorrências. O “serviço de entrega” é requisitado e custeado por detentos, que já foram identificados no procedimento investigativo como pertencentes a facção criminosa.

A investigação ocorreu por meio da Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas Organizadas (Draco), com apoio da Polícia Penal do Estado de Goiás. Foram cumprido mandados nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Goianira, Bela Vista de Goiás, Senador Canedo, Morrinhos, Anicuns e Joviânia, bem como em uma ala inteira da CPP de Aparecida

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Ainda segundo o inquérito da PCGO, o grupo responsável por organizar as entregas possui grande poder econômico, pois o custo operacional para a execução de uma única “viagem” de drone pode chegar a R$ 50 mil.

Dentre as funções desempenhadas pelos integrantes do grupo, foram identificados operadores financeiros, instrutores de drones, pilotos de drones e auxiliares. Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, associação ao tráfico e favorecimento real.

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