Em 2021, o Governo de Goiás convocou 500 policiais penais para compor o quadro de servidores

Novos policiais penais precisam concluir o Curso de Formação para assumir as funções e 10% das vagas foram destinadas para mulheres

Postado em: 27-12-2021 às 16h08
Por: Maria Paula Borges
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Novos policiais penais precisam concluir o Curso de Formação para assumir as funções e 10% das vagas foram destinadas para mulheres | Foto: SSP-GO

O Governo de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), convocou 500 policiais penais que passaram a compor o quadro de servidores da instituição, em 2021. O novo efetivo foi aprovado no primeiro concurso público realizado durante o governo de Ronaldo Caiado.

O ano finaliza o ano com 4.304 servidores e os novos policiais representam um aumento de mais de 10% no efetivo do órgão. A convocação foi escalonada para que todos os candidatos cumprissem os procedimentos de formação de forma segura, respeitando os protocolos de segurança para combater a pandemia da Covid-19.

O diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires, ressalta que os resultados positivos da Polícia Penal são reflexo do trabalho dos servidores. Além disso, diz que o sistema penitenciário goiano é um dos melhores do país devido à união de esforços.

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Segundo o superintendente de Segurança Penitenciária, Leopoldo Castro, durante o curso, os novos policiais penais demonstraram ter as habilidades necessárias para a carreira. “Os novos policiais demonstraram ter resiliência, resistência e discernimento. Eles compartilharão da mesma honra, integridade, lealdade, respeito, dedicação, honestidade, igualdade e dedicação. Valores institucionais que garantem os pilares do sistema penitenciário goiano: gestão, reintegração social e segurança penitenciária”, defende.

Foram 54.563 inscritos no certame para contratação de policiais penais e as provas aconteceram no dia 24 de novembro de 2019. “Foi um concurso público bem concorrido, que exigiu extrema preparação e dedicação. Com certeza abrimos mão de vários momentos de nossas vidas, mas ver o nome no Diário Oficial é uma sensação de dever cumprido. Todo o esforço valeu a pena”, lembra Itallo Henrique Pereira.

A convocação dos aprovados coincidiu com o início da pandemia e, de acordo com Marcela Inácio, policial formada da sexta turma, o fato gerou insegurança. “As incertezas fizeram com que a espera pela nomeação fosse um pouco complexa. O desgasta emocionalmente gera ansiedade, sobretudo porque bem na época da nossa nomeação surgiu a Covid-19, o que tornou o mundo extremamente caótico e isso naturalmente refletiu negativamente no processo de chamamento”, conta.

Curso de Formação da Polícia Penal

Os novos policiais precisam concluir o Curso de Formação da Polícia Penal para assumir as funções. Os aprovados foram convocados e divididos em turmas de 50 alunos para fazer o concurso. Todos os protocolos de segurança e prevenção à Covid-19 foram cumpridos.

As aulas teóricas já foram concluídas e, no momento, as aulas práticas são ministradas para a 8ª turma. Os alunos das sete primeiras turmas já trabalham em seus respectivos postos.

O curso é composto por 436 horas de aulas teóricas e práticas, estabelecidas pela Escola Superior da Polícia Penal (ESPP). “As aulas foram instruídas por policiais penais qualificados, além de oficinas e palestras realizadas pelo Judiciário, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O curso tem instruções com base nos direitos humanos e políticas penitenciárias, qualidade de vida e saúde mental, inteligência penitenciária e Lei de Abuso de Autoridade”, explica o gerente de ensino Leyber Alves.

Segundo Samuel Freire, um dos novos integrantes, é de suma importância adquirir conhecimentos práticos e teóricos durante o curso. “Este momento é muito importante, pois o curso de aptidão ressalta a excelência nos trabalhos realizados. Tivemos um bom aprendizado, adquirimos o conhecimento que tínhamos de aprender e estamos aqui para servir a população”.

Vagas femininas

O edital do concurso previa que 10% das vagas seriam ocupadas por mulheres. As policiais penais Marcela Inácio, que atualmente está cumprindo ordem de missão na Gerência de Compras Governamentais, e Taciane Leite, que exerce suas funções na Unidade Prisional Regional de Edeia, foram aprovadas dentro das vagas.

De acordo com Taciane, a reserva de vagas é reflexo do interesse e motivação das mulheres em integrar nas forças de segurança pública. “Tenho muito orgulho de pertencer ao grupo de mulheres que trabalha pela evolução da Polícia Penal. Não encontro qualquer dificuldade em trabalhar em um meio onde a maioria dos servidores são homens”, disse.

Além disso, Marcela ressalta que o sucesso das colegas policiais penais é fonte de encorajamento. “Temos a sorte de ter entrado na Polícia Penal depois que muitas mulheres venceram caminhos árduos e se destacaram pelo brilhantismo. Poderia fazer uma lista extenuante, mas cito as policiais penais Alline Scaglia, Daniela Cruvinel, Priscilla (Gope 70), Aline Rachel, entre outras. Elas são excelentes profissionais, que fizeram e fazem história em todos os lugares por onde passam. Com certeza são exemplo e inspiração para nós, mulheres recém-chegadas ao sistema”, conclui.

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