Após proibição da publicidade infantil, receita de anunciantes tem queda de 13%

O impacto econômico atingiu o varejo, composto por restaurantes fast food, alimentos vendidos em supermercados, bebidas não-alcoólicas, brinquedos, roupas infantis, jogos, música, vídeo e ingresso

Postado em: 25-08-2017 às 12h20
Por: Márcio Souza
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O impacto econômico atingiu o varejo, composto por restaurantes fast food, alimentos vendidos em supermercados, bebidas não-alcoólicas, brinquedos, roupas infantis, jogos, música, vídeo e ingresso

Empresas que vendem produtos e
serviços para crianças registraram queda de 13% na receita a partir da
proibição da publicidade infantil, segundo pesquisa divulgada hoje (25) pelo
The Economist Intelligence Unit, a pedido do Instituto Alana, organização sem
fins lucrativos voltada à garantia da vivência plena da infância.

O estudo mostra que o impacto
econômico atingiu o varejo, composto por restaurantes fast food, alimentos
vendidos em supermercados, bebidas não-alcoólicas, brinquedos, roupas infantis,
jogos, música, vídeo e ingresso. A Associação Brasileira de Agências de
Publicidade estima redução de 5% de participação da publicidade infantil no
mercado do setor.

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Desde 2014, uma resolução do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) proíbe e
detalha o que é a publicidade abusiva. O Código de Defesa do Consumidor também
proíbe a publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e da
experiência da criança.

A economista e consultora do The Economist
Intelligence Unit, Romina Bandura, disse que, apesar da perda em receita, a
proibição da publicidade infantil no Brasil trouxe resultados positivos para a
sociedade, como melhora na saúde das crianças, queda da obesidade, redução do
consumismo e do bullying. “São benefícios que superam os custos decorrentes da
proibição”, afirmou.

A publicidade voltada para a
criança usa da exploração da vulnerabilidade emocional e cognitiva. “O público
com menos de 12 anos de idade realmente não entende a diferença dos interesses
comerciais e da realidade”, concluiu. 

(Agência Brasil)

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