Entenda o caso da mãe que matou e mutilou a filha de 5 anos durante surto psicótico

O crime ocorreu em janeiro de 2021, em Alagoas, e Josimare foi presa em flagrante; atualmente, a ação penal aguarda o resultado do laudo de sanidade da acusada

Postado em: 04-01-2022 às 14h55
Por: Giovana Andrade
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O crime ocorreu em janeiro de 2021, em Alagoas, e Josimare foi presa em flagrante; atualmente, a ação penal aguarda o resultado do laudo de sanidade da acusada. | Foto: Reprodução

O processo referente ao caso de uma mãe, Josimare Gomes da Silva, que matou a própria filha, de 5 anos, no estado de Alagoas, está suspenso em função do exame de sanidade realizado na acusada. De acordo com o Ministério Público de Alagoas (MPAL), verificaram-se indícios de dúvida sobre a integridade mental de Josimare.

O crime ocorreu em Maravilha, em um povoado de São Cristóvão, em janeiro de 2021. Josimare, de 30 anos, foi presa em flagrante após matar e mutilar a filha, Brenda Carollyne, que teve os olhos arrancados e a língua cortada com uma tesoura. A PM foi acionada pelo avô da criança, encontrada dentro do banheiro, já sem vida, enquanto a mãe rezava atordoada ao seu lado.

Segundo a investigação, a pequena Brenda Carollyne ainda estava viva quando foi mutilada. Foram encontrados sinais de que a mãe tentou estrangular a menor antes de recorrer à violência com uma tesoura, e houve suspeitas de que Josimare havia comido um dos órgãos de Brenda. O óbito da criança foi causado por diversos ferimentos causados pela tesoura.

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Com a constatação do laudo pericial, ficou confirmado que Brenda foi vítima de traumatismo cranio-encefálico provocado por instrumento corto-contundente, bem como houve ablação (remoção) traumática das órbitas direita e esquerda (olhos) e língua.

De acordo com conhecidos, a mãe de Brenda possuía problemas psicológicos. Ela foi levada pelo SAMU ao hospital, onde foi sedada e encaminhada para a delegacia Regional de Delmiro Gouveia, mas não quis prestar depoimento. No dia seguinte ao crime, ainda na delegacia, ela começou a falar em diversos idiomas, e negou ter arrancado os olhos da filha e ter colocado em sua boca o pedaço da língua mutilada. “Os olhos caíram no ralo da pia depois que eu arranquei, mas ‘foi do Demônio’, minha filha está viva”, dizia.

Atualmente suspensa, a ação penal referente ao caso voltará ao seu trâmite normal após o resultado do laudo que mostrará se a mãe estava ou não em surto psicótico.

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