Frota de veículos aumentou 20% em seis anos, em Goiás

Em um ano (2020 para 2021) o acréscimo na frota foi de 3,5%

Postado em: 08-01-2022 às 08h37
Por: Daniell Alves
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Em um ano (2020 para 2021) o acréscimo na frota foi de 3,5% . | Foto: Reprodução/Internet

Mesmo diante da crise que se instalou com a pandemia e o desemprego crescente, Goiás registrou um aumento no número de veículos em 2021. Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás apontam para o acréscimo de 3,5% da frota passando de 4,17 milhões em 2020 para 4,23 milhões no ano passado. Em apenas seis anos, o aumento no número de veículos no estado foi de 20,6%, o que corresponde a 738.971 carros, motos e caminhões a mais.

O que mais chama a atenção nesses dados é que, de acordo com o Mova-se Fórum de Mobilidade, o que mais cresceu foi o número de pessoas que compraram veículos e ganham mensalmente entre R$ 2 e R$ 4 mil. 

Segundo Ronny Medrano, engenheiro civil, doutor em Transporte e integrante do Mova-se, os novos tipos de emprego como transporte por aplicativo para pessoas e cargas, na área urbana, pode ser uma causa desse aumento na frota de veículos, principalmente fomentando a migração para trabalhar de moradores da região metropolitana para Goiânia. “Um efeito no longo prazo é o aumento do congestionamento, do risco de acidentes e queda do nível de serviço nas vias e cruzamento em horários de maior pico”, afirma.

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De acordo com o Detran, o Estado tem 4,23 milhões de automóveis, sendo 1,2 milhão somente em Goiânia. A Capital possui 80 veículos a cada 100 habitantes. Aparecida de Goiânia aparece em segundo lugar no ranking, com 320 mil veículos. Com relação às motocicletas, são cerca de 920 mil em Goiás. O último estudo divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostrou Goiânia em 6° lugar no quesito maior frota de carros do Brasil. Na categoria motos, a Capital ficou em 4° lugar.

O número justifica o quanto o trânsito de Goiânia é lento e estressante, conforme explica o professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) e engenheiro de transportes, Marcos Rothen. Segundo ele, a cada ano são novos carros e o trânsito piora. “E não tem opção, quem decide ir a pé anda por calçadas inclinadas, obstruídas e o transporte coletivo não tem conforto”, diz.

Mobilidade

Em Goiânia, o secretário de Mobilidade, Horácio Mello, ressalta que, neste ano, ocorrerá a aquisição de novos equipamentos de fiscalização eletrônica, já que uma nova licitação está em andamento. “É uma reivindicação da cidade justamente devido à imprudência. Mas é importante destacar que existe o paradigma de que a implantação é ligada à uma indústria da multa, como se a cidade quisesse produzir dinheiro. Não. Iremos implantar onde é necessário e onde tiver estudo técnico. Multa não é faturamento. Multa é para corrigir um mal. O mal da imprudência que provoca violência e acidentes, e as lombadas são fundamentais”, conclui. (Daniell Alves, especial para O Hoje)

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