Novo Plano Diretor caminha para ser a pedra na cruz do prefeito de Goiânia

Ilhado por problemas, Rogério Cruz compromete seu futuro

Postado em: 11-01-2022 às 10h32
Por: Yago Sales
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Ilhado por problemas, Rogério Cruz compromete seu futuro | Foto: Reprodução

Nos últimos dias, o temor de setores preocupados com a tramitação às pressas do novo Plano Diretor de Goiânia é nítido. Desde as primeiras audiências, assim que parte do texto foi divulgado no site da Câmara, reclamações pipocavam pelas redes sociais. O jornal O Hoje foi o primeiro veículo a dar voz às manifestações, principalmente quando se percebeu a falta de emendas e incongruências em mapas. Ao contrário do que se dizia, faltavam, sim, mapas que esclarecessem o teor das mudanças e quais os impactos na cidade. E o vereador Mauro Rubem (PT) decidiu judicializar a situação, provocando decisões favoráveis às novas discussões – que se revelavam cada vez mais frágeis e contraproducentes – e, adiamentos.

Por fim, a votação em plenário – que seria por unanimidade – foi adiada para fevereiro. Mas tem quem defenda que são necessários mais estudos e adequações, sobretudo ouvindo moradores e especialistas que compreendem que, do jeito que está, o Plano Diretor vai deixar o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em maus lençóis.

À exceção, a vereadora Aava Santiago (PSDB), que havia votado a favor do relatório na Comissão Mista, voltou atrás. Disse que votará contra o projeto, pelo menos se não houver mudanças que dêem segurança ao futuro de Goiânia. Agora, se juntou ao vereador Mauro Rubem. Convencida, provavelmente, ajudará a trazer outros nomes da Câmara Municipal, órgão que deveria ser independente, mas que, de forma bem obscura, se juntou aos interesses da gestão do prefeito Rogério Cruz, para aprovar o texto, em sete minutos e sem leitura.

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As críticas à problemática do defeituoso documento, chamado de Frankenstein e aberração por alguns, podem influir objetivamente no futuro político de Rogério Cruz. As consequências do ordenamento irresponsável do solo poderá provocar em Goiânia, ainda uma cidade boa de se viver, em um espelho de cidades com sérios problemas, como São Paulo e Belo Horizonte. Os especialistas, ouvidos arduamente pelo jornal O Hoje, já alertaram. Além de ocasionar erosões, enchentes, desaparecimento de matas ciliares e, com isso, de nascentes.

Caso o prefeito sancione, já que o projeto foi entregue pelo Paço à Câmara, o PDG da forma que está, o legado de Rogério Cruz vai ser outro daquele pregado pela expectativa do plano de governo da chapa Maguito Vilela/Cruz. A herança vai ser de quem, goela abaixo, transformou Goiânia num caos irreversível.

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