Confira os prós e contras do novo Plano Diretor de Goiânia na visão de arquitetos e urbanistas

As mudanças propostas pelo novo Plano deverão aumentar o preço dos imóveis para o consumidor final.

Postado em: 29-01-2022 às 15h50
Por: Ícaro Gonçalves
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As mudanças propostas pelo novo Plano deverão aumentar o preço dos imóveis para o consumidor final | Foto: Reprodução/Paulo José

O debate sobre o novo Plano Diretor de Goiânia já percorre meses, e tem dividido opiniões. As mudanças propostas pelo novo Plano deverão aumentar o preço dos imóveis para o consumidor final, porém, arquitetos e urbanistas avaliam algumas alterações como sendo positivas para a cidade e para a qualidade de vida dos moradores.

Para o arquiteto urbanista Alexandre Leite, a proposta do plano diretor de Goiânia dará maior equilíbrio para a cidade, por exemplo, ao limitar o tamanho dos edifícios em construção. “Atualmente, o plano diretor em vigor dá mais liberdade para a incorporação, uma vez que permite a construção de grandes edifícios. Hoje, quando se realiza o estudo de adensamento, chega-se a um índice médio de 9 vezes, 10 vezes, em alguns casos até 12 vezes a área do terreno. Com a nova proposta, o aproveitamento chega a 6 vezes com um limite de até 7,5 vezes”, afirmou.

Segundo o arquiteto, o menor adensamento poderá beneficiar os moradores. “É um número bem-vindo e ideal, pois reduz-se, em tese, o aproveitamento das áreas e como consequência o porte do empreendimento. Reduz a altura da torre e o número de garagens, ganha mais recuo e as torres podem ficar mais baixas. Assim, a cidade agradece, ganha mais harmonia e mais qualidade de vida.” 

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Alexandre pondera que Goiânia possui hoje um dos metros quadrados mais baratos do Brasil. Quando se fala de outras capitais, dos estados do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, nestes locais se pratica o metro quadrado até 3 vezes mais caro do que em Goiânia.

Aumento de preços

As novas alterações podem gerar um aumento no preço do metro quadrado vendido na capital, somando-se a elas o aumento dos preços dos insumos e materiais. O metro quadrado que, até o ano passado se falava em R$ 6 mil, a partir da aprovação do plano diretor com as novas regras, ele pode chegar a R$ 8 mil, R$ 9 mil, sentencia Leite. 

O também arquiteto e urbanista Andrey Machado entende que Goiânia só terá a ganhar com o novo Plano Diretor. “Esta proposta vem para corrigir algumas questões relevantes, principalmente quanto ao zoneamento e as novas regras para os parâmetros urbanos que deverão ser utilizados no planejamento de novos empreendimentos, principalmente os imobiliários e para os comerciais/serviços de grande impacto”, avalia.

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