Goiânia tem 12 Centros Municipais de Educação Infantil com aulas suspensas após surto de Covid-19

Por Ítallo Antkiewicz

Pelo menos 12 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) da Capital suspenderam as aulas presenciais após a contaminação de alunos e funcionários pela Covid-19. Ao todo, a Secretaria Municipal de Educação (SME) anunciou que suspendeu cerca de 25% das turmas presenciais.  Os alunos devem receber as orientações e atividades de forma remota conforme orientação da SME. 

Uma das unidades que suspenderam as aulas é o Cmei Lar de Matilde, no setor Criméia Oeste. Ela deve permanecer fechada até o próximo dia 11. O secretário de Educação, Wellington Bessa, aponta que as suspensões estão sendo pedidas conforme a detecção dos casos nas unidades. “Dentro do planejamento, suspender as atividades de turmas, escolas era algo que prevíamos, pois temos de garantir que não haja risco para os servidores e alunos. Até agora estamos monitorando, mas há casos que não foram testados ainda e suspensos por ter suspeita ou contato, e isso agrava um pouco a situação”.

Segundo Bessa, não há intenção de mudar o planejamento e as aulas presenciais devem ser mantidas. “Temos um quantitativo grande já de vacinados e temos o objetivo de continuar, o ensino será remoto só quando houver necessidade”, afirma o secretário

O coordenador geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves Rocha Junior, afirma que quase todas as unidades operam em déficit de funcionários em decorrência da Covid-19 “A orientação da secretaria é para evitar o fechamento e as instituições que pararam de atender foi por decisão interna, quando se tornou inviável continuar o atendimento. Existe uma pressão para não fechar, mesmo com o déficit de funcionários, a secretaria tem orientado para que não se feche e mantenha o atendimento”, diz.

Já a presidente do Sintego, Bia de Lima, conta que o sindicato teve audiência com Wellington Bessa na qual foi pedida uma facilitação para as testagens dos servidores. “Sabemos de duas unidades suspensas, mas poderia ser mais se tivesse a testagem. A secretaria tem buscado evitar a divulgação e as suspensões, só ocorre quando fica grave mesmo”. No entanto, Bia defende a manutenção das atividades presenciais sob o argumento de que atrapalha a situação de muitas famílias, sobretudo no Cmeis, visto que não teria onde deixar seus filhos para ir trabalhar.

Bessa afirma que está sendo negociada com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a disponibilidade de testes para as escolas, assim como a ida das vans de vacinação às unidades. “O Sintego entende que a necessidade das aulas presenciais, tratamos esses temas e estamos vendo para a próxima semana. ”

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que cumpre com rigor os protocolos sanitários e pontua que o fechamento temporário de turmas tem o objetivo de garantir a segurança de toda a comunidade escolar. A pasta destaca, ainda, que o fechamento ocorre a depender da quantidade de servidores positivados e apenas por sete dias. Durante este período, os estudantes são atendidos remotamente. Após sete dias de isolamento, o atendimento presencial é retomado.

Servidores da Educação têm receio de contágio

Unidades dos Centros dos Municipais de Educação Infantil (Cmeis) de Goiânia alegam seguir todas as orientações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mas se preocupam com a nova onda da Covid-19 já que a variante ômicron atinge em maior escala as crianças do Estado. 

Grande parte dos educadores e funcionários sofrem com o medo do contágio, para Nathália Pereira, 25 anos, auxiliar administrativa, segundo ela os protocolos nos Cmeis estão fracos, voltou com 100% as aulas presenciais e sem o uso obrigatório de mascaras, esse é um dos motivos que levam os funcionários a serem contaminados “Na criança cidadã tem pelo menos 12 servidores confirmados. Acho que tem mais, esses são os que vi postando o resultado do exame. ” Afirma.