Santander Cultural recusa decisão do MPF e diz não pretender reabrir exposição

Exposição havia sido cancelada após protestos do MBL, que a acusavam de fazer apologia à pedofilia e zoofilia

Postado em: 29-09-2017 às 16h06
Por: Guilherme Araújo
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Exposição havia sido cancelada após protestos do MBL, que a acusavam de fazer apologia à pedofilia e zoofilia

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, o Santander
Cultural disse nesta sexta-feira que não fará a reabertura da exposição
Queermuseu – Cartografias da Diferença da Arte Brasileira. A recomendação de
reabertura era fruto de uma determinação do Ministério Público do Rio Grande do
Sul.

A instituição explicou que a “A mostra Cartografias da
Diferença da Arte teve sua exibição finalizada no Centro Cultural de Porto
Alegre, de cunho privado, no dia 10.9.17 e não será reaberta conforme
comunicado do mesmo dia”.

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O encerramento da mostra havia sido programado para o dia 8
de outubro, mas a mesma foi fechada depois de uma série de protestos ligados ao
Movimento Brasil Livre (MBL), acusando algumas da imagens dispostas no catálogo
da exposição como fruto de apologia à pedofilia e zoofilia.

Anteriormente, na quinta-feira (28), o Santander Cultural já
havia recebido uma primeira notificação do MPF/RS onde era explicitada a
vontade de que as portas fossem reabertas ao público.

O procurador da República, Fabiano de Moraes, ao comentar o
caso disse que o cerceamento da exposição artística causa um efeito deletério a
toda liberdade de expressão artística, trazendo a memória situações perigosas
da história da humanidade, como a destruição de obras na Alemanha durante o
período de governo nazista.

Moraes destacou igualmente que as obras que trouxeram maior
revolta em postagens nas redes sociais não fazem apologia ou incentivo à
pedofilia.

Foto: Folha

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