Além do atraso, árvores na avenida da Praça Cívica são retiradas para obras do BRT Norte/Sul
Entrega da obra já foi adiada três vezes: o 1º prazo era para o Natal de 2021, o 2º em abril de 2022 e, agora, a previsão é de que fique pronta em julho deste ano
Por: Carlos Nathan Sampaio
Quem passou pela avenida da Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, Praça Cívica, no Centro de Goiânia, neste sábado (12/03), se surpreendeu com a retirada das árvores no local. Aparentemente as árvores foram retiradas por conta das obras do BRT Norte/Sul no local, que tinha previsão inicial para ser concluída no final de 2021, mas teve o prazo adiado por duas vezes: a primeira vez disse que a obra seria encerrada em abril deste ano, ou seja, mês que vem, mas o último prazo dado informou que a previsão de entrega ficou pra julho deste ano.
Ainda de acordo com o que diz o site da Prefeitura de Goiânia, o atraso dos serviços na contramão da avenida – entre a Av. Independência e a Praça Cívica – e entre a Rua 1 e a Praça Cívica, no sentido Norte-Sul se deu por “interferência” do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Além disso, ainda segundo o site, falta executar a rede de drenagem no trecho entre a Rua 124 e a Praça Cívica (no sentido Pça do Cruzeiro/Pça Cívica) e que o entorno da Praça Cívica será a última etapa do BRT Norte-Sul a ser executada e junto com ela, o trecho da Avenida Goiás, a partir da Rua 1.
Mais árvores?
A reportagem também enviou um e-mail para a prefeitura perguntando se haverá replantio de árvores no local e, com relação a “compensação ambiental”, que previa o plantio de mais de 20 mil árvores, quantas destas já foram plantadas pela gestão atual, já que, de acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), que fiscaliza os trabalhos do Consórcio BRT-Goiânia, 25.206 árvores seriam plantadas até o final das obras. Ninguém retornou até a publicação desta matéria.
Obra original
Vale lembrar que o valor inicial estimado de gastos para a obra completa do BRT Norte/Sul era R$ 217 milhões, mas de lá pra cá o preço sofreu um reajuste de aproximadamente R$ 55 milhões. Os 6 ônibus, inclusive, que já estão esperando para circular, custaram R$ 4,5 milhões. Cada veículo tem valor de R$ 750 mil. Os veículos chegaram a Goiânia em setembro de 2021, prontos para rodar, mas já vão completar 6 meses parados.
Além disso a obra começou em março de 2015, há exatos 7 anos, e tinha previsão inicial de conclusão em outubro de 2020, mas por muitas divergências, polêmicas e irresponsabilidade, o atraso perdura e as obras continuam até hoje.
