Arquiteto explica como o Novo Plano Diretor pode valorizar imóveis na capital goiana

A prefeitura de Goiânia sancionou o Novo Plano no dia 4 de março, após anos de discussão e muita polêmica.

Postado em: 27-04-2022 às 13h01
Por: Cecília Sampaio
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A prefeitura de Goiânia sancionou o Novo Plano no dia 4 de março, após anos de discussão e muita polêmica. | Foto: Reprodução

O novo Plano Diretor de Goiânia, aprovado e sancionado neste ano, trará uma série de mudanças no setor imobiliário da capital. Uma das principais mudanças trazidas pelo novo Plano foi estabelecimento um limite geral para o adensamento, o que a curto e médio prazo poderá criar uma supervalorização de imóveis.

Isso é o que aponta o arquiteto e urbanista Paulo Renato Alves. Segundo o especialista, a mudança é importante e bem-vinda, pois ajuda no melhor planejamento da cidade, mas certamente trará aumento nos preços dos imóveis, especialmente em áreas de desaceleração – onde já há muitas construções e poucos lotes disponíveis.

Paulo esteve no grupo de consultores contratados pela Câmara Municipal para interpretar e avaliar o projeto do Plano Diretor de Goiânia encaminhado pela prefeitura. Ele conta que, com o Novo Plano, existirão critérios limitadores de altura onde serão construídos menos apartamentos. Assim, para diminuir o preço da obra mas manter o lucro, as construtores certamente farão o repasse do valor por metro quadrado.

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“Se antes você tinha uma área em que podia construir um prédio sem ter uma definição de limite de altura, mesmo que tivesse que pagar outorga onerosa ou aumentar o afastamento à medida que o prédio ficasse mais alto, agora o incorporador terá que compensar essa perda. Mas isso acontecerá num primeiro momento até o mercado se acomodar, até porque, apesar do limite de adensamento ou de altura, Goiânia ainda tem muita área adensável”, explica o arquiteto.

Aprovação

A prefeitura de Goiânia sancionou o Novo Plano no dia 4 de março, em cerimônia com a presença de autoridades ligadas ao alto escalão do governo. A aprovação ocorreu após anos de discussão e muita polêmica. O projeto teve objetivo de trazer novas regras para expansão e adensamento urbano, com impactos ambientais e, também, na qualidade dos goianienses, e estará em vigor pelos próximos dez anos.

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