Goiânia atinge alta de 16% nos preços de veículos em 12 meses, aponta IBGE
Automóvel novo subiu 1,77% no mês, 9,42% no primeiro semestre de 2022 e 19,41% nos últimos 12 meses
Em junho, Goiânia registrou variação mensal de 0,54% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). A variação acumulada no ano atinge 5,84% e em 12 meses alcança 12,77% na capital goiana. O IPCA-15 mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O item com maior peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos na capital é o veículo próprio, que subiu 1,38% no mês de junho, acumulo de 7,93% no ano e 16,08% nos últimos 12 meses. O índice apresentou a décima sexta alta consecutiva, após ter subido 0,67% em maio e 1,62% em abril e março do ano corrente.
O aumento do produto ocorreu principalmente devido aos seguintes subitens:
- Automóvel novo – subiu 1,77% no mês, 9,42% no primeiro semestre de 2022 e 19,41% nos últimos 12 meses;
- Automóvel usado – subiu 1,06% em junho, 4,06% no ano e 16,19% nos últimos 12 meses;
- Seguro voluntário de veículo – 4,56% de alta no mês e 20,01% de alta no primeiro semestre do ano);
- Motocicleta – subiu 1,68 no mês, 9,75% no ano e 24,90% nos últimos 12 meses.
Aluguel e vestuário registram alta
Outro item de forte peso na cesta de compras é o aluguel e taxas, que subiu 1,21% no mês, acumulando 8,29% no primeiro semestre do ano e 11,13% nos últimos 12 meses. O principal aumento do item ocorreu em aluguel residencial, que subiu 2,29% no mês, 9,08% no ano e 13,35% em 12 meses.
A análise por grupos mostra que, dos nove pesquisados, oito apresentaram alta na prévia da inflação de junho em Goiânia. A maior alta no mês ocorreu no grupo Vestuário (2,41%), quarta alta consecutiva.
Com isso, o grupo acumula variação de 9,77% e de 9,95% no ano e em doze meses, respectivamente. Os itens que mais pressionaram o grupo foram:
- Roupa masculina (3,62%);
- Roupa feminina (3,22%);
- Calçados e acessórios (1,84%).
Veja a tabela completa:
IPCA-15 nacional
No Brasil, a prévia da inflação acelerou em junho para 0,69%, ficando 0,10 ponto percentual acima da taxa registrada em maio (0,59%). No acumulado do ano, o IPCA-15 tem alta de 5,65% enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2021, o índice foi de 0,83%.
Veja a tabela do índece em relação a média nacional:
O que é IPCA?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro. Ele aponta mensalmente a variação do custo médio de vida de famílias com renda de 1 à 40 salários mínimos.
O governo federal usa o IPCA como índice oficial de inflação do Brasil. Com isso, ele serve de referência de meta de inflação e alteração na taxa de juros.
Se a variação de um salário para outro é menos que o IPCA você perde o poder de compra, pois os preços sobem mais que o seu poder aquisitivo. Se a inflação e o salário têm a mesma variação, o poder de compra se mantém.
O IPCA-15 é diferente do IPCA somente no período de coleta e na abrangência geográfica. Para o cálculo do índice de junho, os preços foram coletados no período de 14 de maio e 13 de junho de 2022 (referência) e comparados com os vigentes de 14 de abril a 13 de maio de 2022 (base).
Além disso, o IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.