‘Pente fino’ retira mais de 500 pneus do Meia Ponte

Com a chegada das chuvas foram intensificados os serviços de limpeza dos rios da Capital

Postado em: 09-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Com a chegada das chuvas foram intensificados os serviços de limpeza dos rios da Capital

Marcus Vinícius Beck*

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Móveis e pneus são comuns de serem encontrados nos córregos de Goiânia durante o procedimento de limpeza das margens. O Meia Ponte, que é considerado um dos mais poluídos da Capital e onde foram encontrados 570 pneus, possui uma equipe que fica apenas por conta da tarefa de mantê-lo limpo durante o ano todo. Todo dia funcionários, da Companhia de Urbanização (Comug) limpam 20 quilômetros, exceto quando a quantidade de entulhos é enorme.

Goiânia conta com aproximadamente 70 quilômetros de rios, que foram todos limpos até o mês de agosto.  No entanto, durante o último fim de semana, os rios da região norte do município, especificamente o Meia Ponte, passam por processo de intensificação de limpeza. Segundo o presidente da Comurg, Denes Pereira Alves, a ação faz parte do cronograma diário da Companhia. 

“Os rios passam por processo de limpeza todos os dias do ano”, afirma o presidente, acrescentando que um dos locais mais poluídos é o Lago das Rosas. “Há vários esgotos por lá”, admite Alves. De acordo com ele, um córrego passa pela região do Setor Oeste e Campinas e, por conta das várias redes de esgoto, a região é afetada pelo mau cheiro. Questionado sobre a quantidade de resíduos que foram recolhidos até o momento, o presidente da Comurg informa que “não tem como mencionar a quantidade poluentes recolhidos dos córregos”.

Os funcionários da Comurg já chegaram a recolher pneus de carros de passeio, de caminhões, de motos e até de tratores. Mas o presidente do órgão salienta que determinados tipos de resíduo, como borrachas de pneus, demoraram para se decompor no meio ambiente em função de seus componentes. “Precisamos entender que a borracha não se decompõe no meio ambiente. Pode passar 600 mil anos e ela ainda estará lá, do mesmo jeito”, explica. 

Reclamações

É comum de se caminhar pela rua e notar alguém jogando lixo ou atirando latas de refrigerante, por exemplo. O vendedor Marco Polo, 43, afirma que a educação ambiental da população é precária. De acordo com ele, a cidade torna-se feia com vários sacos plásticos e chicletes – que foram despejadas pela janela dos carros – pelas calçadas. “É preciso lembrar que a cidade recebe turistas, gente de fora. O que essas pessoas vão pensar ao se deparar com lixos por aí?”, indaga o vendedor. 

Outras pessoas ouvidas pela reportagem de O Hoje reclamaram da falta de conscientização dos goianienses. A estudante universitária Júlia Aguiar, 21, tem o hábito de jogar qualquer tipo de lixo nas lixeiras espalhadas pela cidade. Fumante, até a bituca do cigarro ela evitar atirar nas calçadas: “É necessário conservar a mãe natureza”, analisa. Para ela, cada vez mais se vê as áreas verdes totalmente degradadas. “É muito triste”, completa. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)  

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