Quinta-feira, 28 de março de 2024

Solidão e tristeza envelhecem mais que o uso de cigarro

Pesquisa mostra que a depressão e a solidão podem envelhecer o relógio biológico das pessoas em até um ano e oito meses

Postado em: 01-10-2022 às 09h00
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Solidão e tristeza envelhecem mais que o uso de cigarro
Pesquisa mostra que a depressão e a solidão podem envelhecer o relógio biológico das pessoas em até um ano e oito meses | Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Por: Vinicius Marques 

O Dia Internacional do Idoso é comemorado anualmente no primeiro dia de outubro. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar da população idosa.

A mensagem deste dia é passar mais carinho, cuidado, respeito e atenção a essas pessoas, muitas vezes esquecidas pela sociedade e pela própria família. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo o indivíduo com 60 anos ou mais nos países em desenvolvimento, ou com 65 anos ou mais em países desenvolvidos

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Após um período de pandemia e isolamento social, Se discute muito a solidão dos idosos no mundo, um estudo feito pela Universidade de Standford, nos Estados Unidos em parceria com a Deep Longevity, uma empresa chinesa, mostra que a depressão e a solidão podem envelhecer o relógio biológico das pessoas em até um ano e oito meses como medida de comparação, as duas emoções negativas são piores à saúde de uma pessoa do que fumar, visto que o tabagismo acelera o envelhecimento em um ano e três meses.

O estudo foi baseado em dados de 12 mil adultos chineses, todos de meia-idade, e cerca de um terço tinham condições subjacentes importantes como doenças pulmonares, câncer e chegaram a sobreviver a acidentes vasculares cerebrais. Os participantes foram pareados por idade cronológica e sexo, e tiveram seus resultados comparados para estabelecer quais estavam envelhecendo mais rápido.

Nelson Portilho, 74, é aposentado e proprietário de um atacado de peças e conta como ter a família por perto é importante para viver e se manter alegre. “sem ter gente por perto, qualquer pessoa, independentemente da idade, acaba envelhecendo mesmo.

Ele ainda conta que é necessário manter uma vida ativa. Nelson pratica atividades físicas diariamente em uma academia, toca violão e cuida dos relatórios da sua empresa que é gerenciada pelo genro. “Se você parar você trava, a cabeça precisa estar funcionando, você precisa estar sempre buscando formas de pensar e se movimentar para que continue ativo”, aconselha.

Ser do sexo masculino também era uma predisposição para envelhecer mais rápido. Assim como morar em uma área rural, devido às condições mais duras dos trabalhadores, como fábricas e menos hospitais e consultórios médicos.

Os dados do IBGE:

Segundo o IBGE, o número de pessoas com mais de 65 anos em Goiás passou de aproximadamente 395 mil, em 2011, para 610 mil, ou seja, um aumento de 54%. Em 2011, as pessoas com 65 anos ou mais representavam 6,38% da população goiana. Em 2021, esse índice pulou para 8,48%.

O IBGE projeta que, em 2060, a população com mais de 65 anos em Goiás será de 2 milhões de pessoas, o que representará 22% do total de goianos.

Vale lembrar que o número de idosos é muito maior do que os apresentados acima, já que, segundo o Estatuto do Idoso, as pessoas acima dos 60 anos já são consideradas da terceira idade.

Evento

Para comemorar o Dia Internacional do Idoso, a fisioterapeuta Gabriella Alvarenga promove um evento neste sábado (1/10), a partir das 9h30, na Casa Baru, na Avenida República do Líbano, em Goiânia.

O intuito é reunir pacientes idosos que ela atende para propiciar um momento de socialização e troca de vivências entre eles. Participam também do encontro o professor e precursor da yoga em Goiás, Nestor Mota, e a fisioterapeuta Maria Eugênia Ribeiro, que tem mais de 25 anos de experiência em atendimento multidisciplinar da pessoa idosa, com abordagem sistêmica e integrativa.

Gabriella Assumpção Alvarenga Schimchak, Psicóloga e fisioterapeuta, atua há mais de 20 anos com a população idosa e conta como sentiu o crescimento da necessidade de atendimento de pessoas idosas, em especial com disfunções do sistema vestibular e do equilíbrio.

“Na pandemia, houve uma ampliação da demanda do atendimento domiciliar, seja por questões funcionais e/ou emocionais consequentes do tempo horrível que enfrentamos. Senti a necessidade de expansão para atender a demanda crescente, criei um time com mais três fisioterapeutas e firmei parcerias com uma odontóloga e uma nutricionista”, conta Gabriella.

O trabalho é feito para que pessoas idosas tenham mais sociabilidade, se sintam acolhidas e se mantenham em movimento, assim podem evitar danos naturais da idade ao corpo e a mente, se sentindo amadas e acolhidas.

“Sonho em movimentar as pessoas idosas que me honram e me concedem a oportunidade de cuidar delas. Este encontro reflete um sonho de partilha, no âmbito social. Gosto de cuidar das pessoas de forma integral”, Conclui

Serviço:
Evento: Café da manhã & pessoas especiais
Local: Casa Baru – Av. República do Líbano, 2519, St. Oeste, Goiânia – GO
Data: Sábado – 01/09
Hora: 09:30h

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