Mãe denuncia coordenadora de escola que obrigou filha a comer ovo cru, em Anápolis
A menina de 11 anos levou o ovo para a sala de aula para brincar com as amigas, como se o alimento fosse um bebê imaginário
Uma mãe denunciou à Polícia Civil (PC) que a coordenadora do Colégio Estadual Plínio Jaime fez a filha dela comer um ovo cru dentro do centro de ensino, em Anápolis, a 55km de Goiânia. O caso ocorreu na última quarta-feira (28/10), no bairro Recanto do Sol.
A menina de 11 anos levou o ovo para a sala de aula para brincar com as amigas, como se o alimento fosse um bebê imaginário. Ao começarem a brincadeira, um colega de classe viu e chamou a professora.
“Eu tentei explicar o que eu ia fazer, só que a professora não me ouviu. A coordenadora foi lá e falou assim: “Já que você trouxe um ovo é porque você está com fome, então o meu assistente vai pegar um copo e você vai beber ele todinho”. Eu parti o ovo e bebi”, contou a aluna ao G1.
A Polícia afirma que a conduta da docente configura crime de maus-tratos e, por isso, será intimada para prestar depoimento. A jovem conta, ainda, que foi ameaçada a assinar uma advertência, caso não bebesse o ovo cru.
Após a ameaça, ela voltou para a sala de aula e avisou que estava passando mal. “Eu fiquei com dor de barriga, com gosto de ovo na boca. Cheguei na sala chorando, tremendo. Aí a professora começou a rir e falou: “Aí é mentira”, reafirmou ao G1.
Ana Lúcia Santos, mãe da estudante, foi até a Secretaria de Educação, registrou uma reclamação contra a docente e pediu providências. “Eu quero justiça. Achei que foi um abuso com a milha filha. Tinha quatro pessoas na sala da coordenação e ninguém falou nada. Ela se sentiu humilhada, está traumatizada, constrangida”, disparou a mãe.
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Confira a nota da DPCA de Anápolis
A DPCA-Anápolis instaurou investigação policial a partir do RAI registrado pela genitora de uma aluna da rede pública estadual que noticiou que a criança teria sido obrigada pela coordenadora da escola a engolir um ovo cru, sob alegação de que seria uma medida de disciplina.
A coordenadora teria suspeitado de que a aluna levou o ovo para jogar em alguém e então a fez engoli-lo cru. Conforme a criança, sua intenção ao levar o ovo para a escola era de participar de uma brincadeira com as colegas, em que o ovo fosse um filho imaginário dela.
A coordenadora da escola será intimada e ouvida nos próximos dias. Sua conduta, em tese, configura, inicialmente, o crime de maus tratos, previsto no artigo 136, parágrafo 3. do CPB.