Advogado pede exame de insanidade mental à Justiça para mãe que confessou ter matado as filhas, em Edéia

Em seu depoimento à PCGO, Izadora contou que há algum tempo já pensava em matar as meninas

Postado em: 03-10-2022 às 17h25
Por: Ana Bárbara Quêtto
Imagem Ilustrando a Notícia: Advogado pede exame de insanidade mental à Justiça para mãe que confessou ter matado as filhas, em Edéia
Em seu depoimento à PCGO, Izadora contou que há algum tempo já pensava em matar as meninas | Foto: Reprodução

O advogado de defesa da mulher que confessou ter matado as filhas em casa, em Edéia, pediu que a Justiça de Goiás fizesse um exame de insanidade mental para saber se ela pode responder criminalmente pelas mortes.

O processo foi aberto no domingo (2/10), pela Vara Criminal da cidade, mas o juiz que conduz o caso, Hermes Pereira Vidigal, ainda não se manifestou sobre o pedido.

“É preciso destacar a existência de fortes indícios de que a investigada é acometida por doença mental grave, o que implicaria na possibilidade de constatação da sua inimputabilidade ou semiimputabilidade”, explicou o advogado.

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O pai de Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos, as encontrou sem vida, na última terça-feira (27/9). Pelas redes sociais, ele lamentou a perda das filhas.

Segundo a Polícia Civil, a suspeita envenenou, afogou e depois esfaqueou as filhas. “Constatam-se elementos de informação suficientes para colocar em dúvida sanidade mental da acusada, tratando-se de pessoa, em tese, com transtornos mentais visíveis”, ressaltou o advogado.

Izadora Alves de Faria, atualmente, está internada no hospital psiquiátrico Wassily Chuc, na capital goiana, após tentar se matar dentro do presídio, onde foi levada após a prisão.

A diretoria do presídio de Israelândia, local onde ela estava detida, alegou que o estabelecimento prisional não tem “estrutura física e humana para custodiar pessoas presas com o quadro de saúde/transtornos mentais”, como o da mulher, de 30 anos.

Ao chegar na cadeia, Alves apresentou um comportamento inadequado e alterado, com sinais de confusão mental, além de tentar tirar a própria vida dentro da cela, conforme ofício da diretoria enviado ao juiz.

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Intenção de matar as filhas

Em seu depoimento à PCGO, Izadora contou que há algum tempo já pensava em matar as meninas. Segundo o delegado Daniel Moura, a mulher tentou comprar uma arma de fogo para cometer o crime.

“Com a arma de fogo, segundo ela, ela cometeria os homicídios e tiraria a própria vida de forma mais rápida. Facilitaria [o crime], nesse sentido”, relatou Daniel.

No dia 27 de julho, Izadora compartilhou em uma rede social a foto de um laudo psicológico que a considerou apta para manuseio de arma de fogo. No dia seguinte, a suspeita postou a captura de tela de um aplicativo que mostrava mensagens com despachantes de armas de fogo.

O delegado informa que ela não chegou a ter acesso à arma. Questionada, a mãe teria revelado a intenção de matar, porém, não disse desde quando e como surgiu esse pensamento.

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