Secretaria de Saúde afirma que não há falta de insumos

Em 2016 o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) entrou com ação para obrigar o Município de Goiânia a fornecer os análogos de insulina a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)

Postado em: 01-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em 2016 o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) entrou com ação para obrigar o Município de Goiânia a fornecer os análogos de insulina a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, não existe falta de medicamentos análogos à insulina Lantus (Glargina), Humalog (Lispro), Levemir (Determir) e Novorapid (Aspart). Ainda de acordo com o órgão, os pacientes devem se cadastrar no sistema de fornecimento da SMS para receber os medicamentos necessários para o tratamento da doença que são oferecidos pela rede municipal de saúde.

Em 2016 o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) entrou com ação para obrigar o Município de Goiânia a fornecer os análogos de insulina a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Prefeitura de Goiânia, seguindo com a determinação da Justiça do Estado, o fornecimento de medicamentos já está normalizado nas unidades de saúde pública.

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A prefeitura ainda informou que a rede pública de saúde sofre com a falta de investimentos e ressalta a necessidade da divisão dos custos com o Estado para que os pacientes com diabetes tenham tratamento adequado. “Os custos desses medicamentos não podem ser custeados apenas pela Prefeitura que não tem recursos suficientes e cumpre o cumpre o papel de ajudar a fornecer tratamento digno aos pacientes diabéticos cadastrados em Goiânia.”, completa o órgão pelo seu portal de notícias.

A reportagem questionou a falta de medicamentos na rede pública de saúde junto a Secretaria de Saúde da Capital que afirmou não haver falta de medicamentos relacionados à insulina Lantus.

Controle

Em novembro do ano passado a atual secretária de Saúde do município, Fátima Mrué, admitiu que o órgão não consegue manter o controle da entrada e saída de medicamentos. Ela afirmou que o sistema de gestão de informática da prefeitura está defasado e não permite uma gestão completa.

Na época, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi instaurada para analisar os casos. O relator da CEI, vereador Elias Vaz (PSB), questionou a demora de se agir. “Se constatado desde o início do ano que poderia ter a possibilidade do medicamento não estar chegando efetivamente ao paciente, isso causa estranheza que só agora tenha tomado essas medidas. O que fica claro é que a situação é grave e as medidas são muito tomadas são muito lentas”, critica. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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