Sete itens do hortifruti ficam mais caros em Goiás

Em Goiás, a alface e o tomate apresentaram uma média de preços de R$ 2,52 e R$2,02 com variações de -5,56% e -6,06% respectivamente

Postado em: 21-10-2022 às 07h30
Por: Sabrina Vilela
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Em Goiás, a alface e o tomate apresentaram uma média de preços de R$ 2,52 e R$2,02 com variações de -5,56% e -6,06% respectivamente | Foto: Divulgação/Ceasa

Sete dos 10 itens do mercado de hortifruti goiano registraram alta. Entre as mercadorias que tiveram queda estão a alface, tomate e melancia. Em Goiás, a alface e o tomate apresentaram uma média de preços de R$ 2,52 e R$2,02 com variações de -5,56% e -6,06% respectivamente. A cotação apresentou queda e a oferta teve baixa, mas para outubro está previsto alta nos preços. No caso da batata, que tem sido um dos grandes vilões deste ano, finalizou o mês de setembro a R$2,75. A cebola ficou a R$4,47 e a cenoura a R$1,56. 

Os dados foram divulgados no 10º Boletim Hortigranjeiro de outubro , referente ao Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro – Prohort. 

As oscilações estão presentes no cotidiano de quem trabalha no ramo do Hortifruti, como é o caso de Silfarni Alves Amorim. Ele trabalha no ramo de tomates há 16 anos. Apesar do valor atual de R$50 uma caixa com cerca de 120 tomates, ele afirma que essa não é a primeira mudança do mês. 

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“O valor mais alto que paguei esse ano foi R$80 a caixa. Eu compro em média 2.500 caixas O valor muda pelo menos umas quatro vezes por mês”. Segundo ele, em setembro estava R$10 mais barato cada caixa de tomates e que sempre repassa as alterações dos valores para o consumidor final. Os tomates de Amorim são importados da cidade de Corumbá de Goiás e ele é revendido no Ceasa. 

A diferença no valor dos produtos têm como principal fator a menor oferta registrada por Minas Gerais e São Paulo.  No comparativo com o mês de agosto as frutas que mais registraram alta foram banana – ficou em R$4,35 com alta de 23,84% – , laranja – foi de R$1,99 com aumento de 2,25% – , maçã – teve o preço de R$6,69 com acréscimo de 10,72% –  e mamão – foi de R$5,56%, com elevação de 15,90%. 

No que se refere às quedas, a melancia foi a única, dentro do cenário frutícola – com registro de uma expressiva queda nos preços. Em setembro a média de preço foi de R$1,49 com retração de -36,78% no comparativo mensal. A redução se deve  à fraca demanda, causada pelas temperaturas mais amenas e pelo início das chuvas na região Centro-Sul.

Baixa oferta

Assistente Técnica do Instituto do Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Thainara Alves  destaca que o motivo da alta é a menor oferta de produtos nas regiões produtoras dos itens, como o caso da batata que apresentou queda na oferta em São Paulo e Minas Gerais, junto com a desaceleração da safra de inverno, e o período chuvoso que dificulta a produção e colheita, atrapalha a oferta e pressiona os preços.  

A dica dada por Alves para economizar é fazer a substituição dos itens, que apresentaram as maiores altas como estratégia de fuga da última elevação, a alface é um item que apresentou queda considerável e pode incrementar a salada dos brasileiros. 

“A cenoura mesmo apresentando alta nas cotações em relação a baixa que ocorreu no mês de agosto, ainda apresenta preços acessíveis, o que também oferece uma fuga para uma alimentação de qualidade e mais barata”. 

Ela destaca que essa variação de preços está normal de acordo com a época do ano. A desaceleração da safra de inverno junto com o clima chuvoso em grande parte do Brasil, afeta a produção e consequentemente não atende a demanda de forma satisfatória, trazendo a elevação nas cotações, conforme afirma Alves.  

“Infelizmente as expectativas são de elevação nas cotações, o clima chuvoso tem previsão de ser persistente nos próximos meses, o La Niña traz instabilidade climática, trazendo chuvas, climas amenos e possíveis geadas em algumas regiões do Brasil”. Ela salienta ainda que se tratando de hortifrúti, que são itens mais sensíveis às condições climáticas e com ciclos mais curtos, a produção se torna mais vulnerável, e como já dito anteriormente essa oferta menor afeta os preços. (Especial para O Hoje)

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