Nordeste goiano tem plano de contingência para período de chuvas

Região foi afetada por chuvas no ano passado

Postado em: 01-11-2022 às 08h22
Por: Redação
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Região foi afetada por chuvas no ano passado | Foto: Reprodução

Vinícius Marques

O Governo de Goiás apresentou um plano de contingência para municípios da região Nordeste do Estado para prevenir danos provocados pela chuva. No ano passado, além de 1 mil famílias ilhadas, algumas ficaram desabrigadas por terem casas alagadas. Também por causa das chuvas e estragos, motoristas precisaram fazer desvios de até 300 km. 

As medidas envolvem áreas como infraestrutura, social e saúde para evitar desastres naturais, reduzir possíveis danos e garantir a segurança de toda a população dos municípios que correm riscos em meio ao período chuvoso que se aproxima. 

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O plano de ação é baseado em levantamentos da Defesa Civil e do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo). Existe previsão de que chova, em um único mês, até 500 milímetros em algumas regiões, cenário semelhante ao ocorrido entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, quando 24 cidades decretaram situação de emergência. 

A quantidade de chuvas prevista para este ano pode causar o isolamento de municípios, com desabastecimento de alimentos e insumos; contaminação de água potável; perdas na lavoura e pecuária, e galgamento de barragens. Com base na experiência adquirida, a Operação Nordeste Solidário já está em ação, inclusive com envio de donativos diversos para os municípios. O estoque será feito em parceria com as prefeituras. Também haverá o deslocamento de equipes especializadas em busca e salvamento. 

14 municípios

Neste ano, o plano de contingência abrange 14 municípios classificados com alto grau de risco, a maioria no Nordeste. São eles: Cavalcante, Nova Roma, Alto Paraíso, São João D`Aliança, Água Fria de Goiás, Niquelândia, Mimoso de Goiás, Formosa, Uruaçu, Hidrolina, São Luiz do Norte, Pilar de Goiás, Teresina de Goiás e Itapaci. Os estudos indicam, ainda, que cerca de 19 mil pessoas podem ser afetadas direta ou indiretamente com os efeitos das fortes chuvas. Por isso, a cartilha elaborada pelo Estado prevê suporte integral e imediato. 

O trabalho será executado em parceria por 17 pastas da administração estadual, entre elas Gabinete de Políticas Sociais (GPS), Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Saneago, Agência Goiana de Habitação (Agehab), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e secretarias de Desenvolvimento Social; Saúde; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação; e Esporte e Lazer.

Última temporada

Durante o pico do mais recente período chuvoso que atingiu o Estado, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, cerca de 20 mil pessoas sofreram com os estragos causados pelas chuvas. 

No fim do ano passado, a região da Chapada dos Veadeiros foi muito afetada pelas chuvas, chegando a deixar mais de mil famílias ilhadas na região de Cavalcante. Bares e casas na região turística ficaram submersos, pontes e estradas também foram levadas com a força das águas durante as enchentes. 

As prefeituras de Cavalcante e Monte Alegre de Goiás decretaram calamidade pública. Comunidades quilombolas ficaram com as casas e lavouras debaixo d’água. Em Cavalcante, uma cratera se abriu na GO-118 e levou parte de uma estrada que leva à ponte sobre o Rio Alma. Além das duas cidades, o município de Teresina de Goiás registrou destruição depois das chuvas. 

Preocupado com a situação, o governador Ronaldo Caiado passou a virada do ano e permaneceu uma semana visitando as cidades mais afetadas e se reunindo com membros da força-tarefa montada para contornar os danos nas regiões Nordeste, Norte e Noroeste. 

A operação chegou ao fim com o investimento de R$ 36,6 milhões na recuperação de pontes e rodovias danificadas pelas chuvas; além de 116 ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Na área social, foram entregues mais de 32 mil cestas básicas, 200 filtros de água, 1,2 mil cobertores e 2 mil pacotes de Mix do Bem. Houve, ainda, a destinação de R$ 5 milhões em Crédito Social, a distribuição de 1.732 cartões do Aluguel Social e reforço nas ações de imunização e de combate ao Aedes aegypti.

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