Hospitais privados apontam aumento de 140% nos casos de Covid-19 em novembro

A pesquisa também apontou aumento de casos de síndromes gripais nos hospitais

Postado em: 28-11-2022 às 10h44
Por: Rodrigo Melo
Imagem Ilustrando a Notícia: Hospitais privados apontam aumento de 140% nos casos de Covid-19 em novembro
A pesquisa também apontou aumento de casos de síndromes gripais nos hospitais | Foto: Prefeitura de Jundiaí

Hospitais da rede privada de Saúde tiveram aumento de 140% nos casos de Covid-19 em novembro, aponta uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). Além do vírus, outras síndromes gripais também mostraram elevação de 78%.

Se comparado o período atual com o último pico, registrado em julho, o percentual de atendimentos para Covid-19 no pronto-socorro dos hospitais em novembro foi em 21%, contra 37% naquele mês.

Em relação ao agravamento da doença, o resultado obtido na comparação entre as duas ondas mostra um aumento, já que o percentual de pacientes que evoluíram para internação foi de 14% em novembro contra 13% em julho.

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De acordo com a infectologista Camila Almeida, atualmente, os casos de contaminação por Covid-19 são causados pela variante conhecida como BQ.1, que é uma sublinhagem da Ômicron, responsável pela onda de julho.

“Até o momento, não há dados que demonstrem uma maior gravidade da doença devido à infecção pela BQ.1. Está sendo observado aumento de hospitalizações e de internações em UTI, mas ainda inferior a períodos anteriores. Os sintomas têm sido leves, com quadro de coriza, febre, dor de garganta etc. Os pacientes que estão sendo internados são aqueles com comorbidade e idosos”, explica a especialista.

Síndromes gripais

Outro dado interessante obtido por meio da pesquisa é o aumento de casos de síndromes gripais nos hospitais, já que 78% das entidades associadas à Anahp relataram o crescimento da procura por atendimento médico.

Conforme a infectologista, as ocorrências de casos gripais nesta época de fim de ano refletem uma mudança de sazonalidade, já que o histórico é de circulação do vírus entre fevereiro e julho. Para Camila, a mudança de comportamento deve estar atrelada às flexibilizações de medidas preventivas, como a não-utilização de máscara.

“Outros vírus também estão circulando no momento, como o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), levando também a um aumento da procura de atendimentos por quadros respiratórios.”

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