Segunda-feira, 01 de julho de 2024

MPGO denuncia homem por estuprar duas mulheres e abusar de outras três, em Aparecida

Após a identificação do paradeiro de José Paulo, ele acabou confessando os crimes

Postado em: 19-12-2022 às 10h14
Por: Rodrigo Melo
Imagem Ilustrando a Notícia: MPGO denuncia homem por estuprar duas mulheres e abusar de outras três, em Aparecida
Após a identificação do paradeiro de José Paulo, ele acabou confessando os crimes | Foto: Montagem/O Hoje

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia nesta sexta-feira (16/12) contra José Paulo Santos Oliveira, de 24 anos, pelo estupro de duas mulheres e pela tentativa do mesmo crime contra outras três vítimas. O auxiliar de construção agia em bairros da Região Sul de Aparecida de Goiânia.

Segundo a denúncia, o acusado que usava uma moto e se portava de uma faca para abordar mulheres que andavam sozinhas pela rua durante a noite. O primeiro caso noticiado aconteceu na madrugada do dia 22 de novembro, no Setor Colina Azul. A vítima relatou que teve o celular roubado por José Paulo, e que, em seguida foi levada por ele para um lote abandonado, onde a estuprou.

O segundo caso foi registrado no dia 26 de novembro, no Setor Serra Dourada, quando ele abordou uma mulher que havia descido no ponto de ônibus. Agindo de forma semelhante, o denunciado abordou a vítima e a ameaçou, mas em luta corporal com o motociclista ela conseguiu fugir, o que evitou o estupro.  Ao chegar em casa, junto com familiares, a mulher denunciou o caso à polícia, que iniciou uma investigação sobre a identidade e paradeiro do estuprador. 

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Não satisfeito com a primeira tentativa, José Paulo continuou, na mesma noite, a saga de encontrar outra mulher para a prática de abusos sexuais. Por volta de uma hora da madrugada, no Setor Residencial Solar Park, ele se deparou com a segunda vítima.  Ela também voltava do trabalho e havia descido no ponto de ônibus quando foi abordada pelo motociclista. Mesmo sob ameaça, a mulher também conseguiu fugir, deixando para trás a bolsa. Após receber ajuda de um transeunte, ela foi levada à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), onde descreveu o homem e sua forma de agir.

Quatro dias depois do ocorrido, José Paulo voltou a agir, desta vez no Bairro Independência. À meia-noite e meia, ele abordou sua quarta vítima, quando ela desceu do ônibus ao voltar do trabalho. Diante das ameaças com a faca, a mulher reagiu sofrendo cortes nos dedos. Mesmo ferida, ela conseguiu fugir e chegar à sua residência. Em seguida, foi encaminhada à Deam e ao Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito. 

No dia seguinte, 1º de dezembro, ao circular pela Vila Delfiore, o denunciado se deparou com uma mulher que descia do ônibus voltando do trabalho. Após abordá-la com uma pergunta, ele a obrigou, com a faca no pescoço, a subir na moto, estuprando-a em seguida. Ao pedir que a vítima desbloqueasse o celular, José Paulo descobriu que o marido dela fazia uso de tornozeleira eletrônica, o que o levou a descartar o aparelho. Após abandonar a mulher, ela também buscou a delegacia. Tendo memorizado parte da placa da motocicleta do agressor, a vítima ajudou os investigadores que, usando banco de dados levantados do Centro Integrado de Tecnologia, da prefeitura de Aparecida de Goiânia, conseguiram chegar ao denunciado.

Confissão

Após a identificação do paradeiro de José Paulo, durante abordagem policial em sua residência, o motociclista, que estava acompanhado da esposa, acabou confessando os crimes.

Ele disse aos policiais militares que saia de casa aleatoriamente, por volta das 21 horas, em dias alternados, com a mochila nas costas, dentro da qual levava a faca, em busca de vítimas que ele considerava “presa fácil”.  Após a confissão, o denunciado foi encaminhado à Deam, e desde então encontra-se preso pela prática dos crimes, considerados hediondos.

Diante do que foi narrado, o promotor de Justiça Marcelo Faria da Costa Lima, autor da denúncia, pede a condenação de José Paulo Santos Oliveira, com base nos crimes descritos nos artigos 213 e 157 do Código Penal. Além disso, pede a fixação de indenização mínima pelo prejuízo moral sofrido pelas vítimas, a ser apurado durante a instrução do processo. O promotor requer ainda a oitiva das vítimas e testemunhas dos casos.

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