Votação de cabeamento subterrâneo é adiada

Projeto de Lei criado no ano passado busca melhorar a segurança da população em dias de chuva

Postado em: 08-03-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Projeto de Lei criado no ano passado busca melhorar a segurança da população em dias de chuva

Gabriel Araújo*

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A votação do projeto de lei criado que prevê a obrigatoriedade na implantação de cabeamento de energia acima de 69kV (quilovolt) subterrâneo foi adiado ontem pela Câmara de Goiânia. ­A intenção era que a ação fosse votada no início da tarde, mas foi adiado devido as comemorações do Dia da Mulher.

De acordo com a proposta do vereador Elias Vaz (PSB), o objetivo é diminuir as chances de rompimento devido a ventos e chuvas. “Goiânia é uma cidade que parou no tempo quando o assunto é transmissão de energia. O enterramento dos fios é uma medida eficiente para evitar os rompimentos e acidentes em função da chuva, além de representar uma grande melhoria na paisagem da cidade”, disse.

O projeto ainda prevê um prazo maximo de 20 anos para a completa implantação dos cabeamentos, com um andamento anual de 5% do total. “Todas as despesas relativas à substituição das redes aéreas existente por redes subterrâneas correrão por conta das empresas concessionárias de transmissão e distribuição de energia”, afirmou Vaz, no documento.

O projeto busca substituir os postes e torres de energia por árvores a serem regulamentadas pelo Poder Executivo do município. “As árvores, além de terem o importante papel de amenizar o clima da cidade, têm função paisagística e de qualificação do espaço urbano, aumentando a qualidade de vida da população”, completou Vaz.

Acidentes

Exemplos de quedas no fornecimento elétrico da Capital e Região Metropolitana ocorrem constantemente e causam prejuízos. Há cerca de um ano, uma forte chuva causou uma queda no fornecimento de energia em vários bairros da Capital, prejudicando o comércio e a movimentação da população.

O projeto de lei relembra recentes acidentes com fios de alta tensão no estado e afirma que a ação ajudaria a evitar futuros acidentes, como o contato com fios durante reformas e quedas de postes e torres.

Já são cerca de cinco anos que a população do Setor Parque Anhanguera busca impedir a construção da rede de alta tensão Carajás-Atlântico-Campinas, que foi proposta pela Celg Distribuição S.A (Celg) ainda em 2011. No setor, ficaria uma linha de 8,5 km de extensão que transportaria 138 KV. Preocupados com a segurança e a desvalorização imobiliária os moradores são contra a implantação da linha, eles tentam impedir o avanço do projeto com audiências públicas, comissões de moradores e denúncias na justiça.

Os moradores, que já ganharam e perderam e diversas ações na justiça, afirmam que entrarão com uma ação de indenização contra a Celg e a Prefeitura de Goiânia para reduzir o imposto cobrado sobre os prédios devido a desvalorização da região. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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