Linhão avança 130 m/dia

A obra está orçada em R$ 28 milhões e deve ser finalizada no próximo mês de agosto

Postado em: 23-03-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A obra está orçada em R$ 28 milhões e deve ser finalizada no próximo mês de agosto

Gabriel Araújo*

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Na busca por opções para evitar uma nova crise hídrica, o Sistema Produtor Mauro Borges deve ser ligado ao Sistema Meia Ponte. De acordo com o Governo Estadual, são 13 quilômetros de tubulações, que devem ser concluídas até agostos deste ano. O custo final da obra deve ser R$ 28 milhões.

Para o Governado do Estado, Marconi Perillo, as obras fazem parte de ações para solucionar os problemas no abastecimento da Capital e Região Metropolitana durante o  período de seca. “Depois da preocupação que tivemos no ano passado, por conta da diminuição das águas do Sistema Meia Ponte, nós tomamos a decisão de agilizar a construção dessa adutora da integração do Sistema Mauro Borges, que tem muita água e o Sistema Meia Ponte”, afirmou.

De acordo com o Governo Estadual, essa é a obra mais importante do ano. O sistema Mauro Borges produz 4 mil litros de água por segundo e, no momento, abastece cerca de 100 bairros da Grande Goiânia. “Aquele susto do ano passado com certeza será praticamente zero neste ano”, concluiu o governador.

Situação de Emergência

O governo estadual decretou situação de emergência hídrica nas bacias dos rios Meia Ponte e João Leite pelos próximos dias. De acordo com o Estado, a medida busca evitar uma piora na situação das bacias, que já estão em estado crítico, e define o uso da água de acordo com os processos de licenciamento para evitar o consumo desordenado.

O regime de chuvas vem diminuindo nos últimos 20 anos nas Bacias dos Rios Meia Ponte e João Leite, e a expectativa de precipitação pluviométrica para o período de fevereiro a setembro deste ano aponta para uma grande probabilidade de chuvas abaixo da média. O Governo afirmou que a medida visa evitar uma nova crise de abastecimento de água, como a que ocorreu na Região Metropolitana enfrentou nos meses de setembro a outubro de 2017, quando ocorreram limitações no fornecimento de água em alguns setores da Capital.

Estudo

De acordo com estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) os principais rios e o lençol freático estão chegando a um ponto crítico de desgaste, o que eleva o risco de colapso no abastecimento hídrico.

De acordo com os pesquisadores, o crescimento urbano e o desmatamento são os principais responsáveis pelo aumento nos riscos, já que a malha urbana afeta a permeabilidade do solo e dificulta a absorção de água na região. 

O relatório informa que 75% da Região Metropolitana de Goiânia é constituída de pastagem, lavouras e áreas construídas, além das Áreas de Proteção Permanente (APP) não estarem completamente protegidas. “Há pouca representatividade de Unidades de Conservação em escala metropolitana e se verifica degradação elevada nas áreas de proteção permanente (APP) dos cursos de água”, contataram os pesquisadores.

Crise Hídrica

Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste do país estão com níveis médios de 38% da capacidade, o que equivale a um aumento de 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A energia armazenada foi para 77.181 MW por mês e as hidrelétricas de Furnas e Serra da Mesa trabalham com 30,68% e 16,58% da capacidade respectivamente.

O nível de água de outro reservatório do Estado, o de Emborcação, é um dos menores já registrados. No início de 2015, o nível chegou a 12% do volume total e a menor taxa já registrada foi em dezembro de 2001, quando o volume chegou aos 10% do total. Segundo dados informados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em medição realizada na última quarta-feira (21) o lago contava com 19% da capacidade total. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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