Identificado pela PF, golpista que destruiu relógio de Dom João VI em Brasília é morador de Catalão

Ele se chama Antônio Cláudio Alves Ferreira, tem 30 anos e foi visto pela última vez na cidade goiana no dia 18 de janeiro, 10 dias após os atentados em Brasília

Postado em: 23-01-2023 às 08h51
Por: Ícaro Gonçalves
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Ele se chama Antônio Cláudio Alves Ferreira, tem 30 anos e foi visto pela última vez na cidade goiana no dia 18 de janeiro, 10 dias após os atentados em Brasília | Imagens: Reprodução

A Polícia Federal (PF) identificou o homem filmado nos atentados terroristas de Brasília quebrando o relógio do Palácio do Planalto, que foi trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI, como sendo morador de Catalão, cidade a 260 km de distância de Goiânia.

Ele se chama Antônio Cláudio Alves Ferreira, tem 30 anos e foi visto pela última vez na cidade goiana no dia 18 de janeiro, 10 dias após os atentados em Brasília.

O delegado Jean Carlos Arruda também informou que a Polícia Civil de Goiás (PCGO) começou a receber denúncias anônimas sobre a identidade do homem dois dias após a divulgação das imagens com a destruição do relógio.

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Na edição de ontem (22/1) do programa Fantástico, da Rede Globo, a equipe de reportagem localizou em Catalão um parente de Antônio. A pessoa, que não quis gravar entrevista, afirmou que identificou Antônio Cláudio Alves Ferreira quando viu a cena do ataque ao relógio.

O Ministério da Justiça confirmou a identificação e informa que ele é considerado foragido.

As investigações sobre a invasão e o vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro são atribuição da Polícia Federal. Mas a Polícia Civil de Goiás diz que chegou a levantar informações sobre Antônio Cláudio a partir de denúncias anônimas recebidas dois dias depois da exibição das imagens do vandalismo.

Passagem pela polícia

O suspeito Antônio Cláudio Alves Ferreira tem passagens pela polícia, mas os processos foram arquivados. Pra identificar os golpistas, a Polícia Federal está usando programas de computador a partir das imagens das câmeras de segurança do Congresso Nacional, do STF – Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, e também imagens postadas nas redes sociais pelos próprios bolsonaristas extremistas.

“Em um primeiro momento nós estamos fazendo a comparação da imagem que foi captada durante as manifestações com imagens das pessoas que nós temos em bancos de dados. A partir desses softwares que fazem o cruzamento, a gente faz um complemento pra identificar corretamente as pessoas”, afirma Ricardo Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção – PF

Segundo a Polícia Federal, o homem que atacou o quadro de Di Cavalcanti no Palácio do Planalto também foi identificado.

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