Menino de 3 anos morre após deixar UPA

Gama; Secretaria de Saúde apura suposta negligência Menino deu entrada na unidade com vômito e náusea. Mãe vê negligência e denunciou caso à polícia; secretaria diz que prestou atendimento

Postado em: 01-04-2018 às 10h43
Por: Mariana Oliveira
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Gama; Secretaria de Saúde apura suposta negligência Menino deu entrada na unidade com vômito e náusea. Mãe vê negligência e denunciou caso à polícia; secretaria diz que prestou atendimento

A Secretaria Municipal de Saúde do Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, abriu processo administrativo para apurar se houve negligência da equipe médica depois que um menino de 3 anos morreu no dia 26 de março, pouco após deixar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O caso também foi denunciado à Polícia Civil.

Mãe da criança, Tatiane Fontenele conta que Tales Leonardo Brandão deu entrada na unidade de saúde após uma série de vômitos e náusea. “O médico atendeu, aplicou remédio para dor e para vômito, pegou nos dedinhos dele, apertou e depois liberou para voltar para casa.”

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A mulher afirma que o filho piorou cerca de duas horas e meia depois e então eles voltaram ao local. Porém, o médico plantonista teria alegado que a UPA não tinha estrutura para atender Tales. “Pedi para dar um soro, ele disse que não tinha, para me encaminhar para outro lugar, ele disse que não.”

A família teria decidido, então, tentar atendimento no Hospital Materno Infantil de Brasília, onde Tales fazia acompanhamento desde que precisou fazer uma cirurgia no estômago por problemas gástricos, no ano passado. Em consulta feita na semana passada, inclusive, o médico teria afirmado que exames apontaram alterações, mas que não era necessário internar o menino.

Tales não resistiu e morreu no trajeto, que leva cerca de 50 minutos. A certidão de óbito do menino traz que a causa da morte não foi especificada.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Novo Gama diz que, após o primeiro atendimento, Tales foi encaminhado para pediatra com pedido de urgência, mas que os pais ignoraram a orientação e retornaram à UPA seis horas depois, já com a piora do quadro. A pasta também afirmou que o plantonista encaminhou a criança ao Hospital Materno Infantil de Brasília.

“Isso que me dói, sabe, saber que é uma profissão tão linda, que ele está ali para ajudar as pessoas, ajudar os pacientes, e na hora que eu precisei ele se recusou”, disse a mãe, aos prantos.

Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Fonte: G1 Goiás 

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